Director-geral da Administração Interna demite-se
À Lusa, fonte do gabinete de imprensa do ministro Rui Pereira afirmou que o director-geral da Administração Interna, Paulo Machado, e o director-geral da Administração Eleitoral, Jorge Miguéis, "apresentaram o pedido de demissão na sequência dos factos ocorridos no acto eleitoral de 23 de Janeiro". Rui Pereira ainda não decidiu se aceita os pedidos de demissão, remetendo uma decisão "para o momento da conclusão do inquérito sobre os referidos factos". Na terça-feira, Rui Pereira, dia em que PSD e CDS-PP pediram a demissão do próprio ministro, afirmou no Parlamento esperar que o inquérito às dificuldades registadas no dia da eleição dure duas semanas.
Na Comissão de Assuntos Constitucionais, o diretor-geral da Administração Interna, Paulo Machado, avançou com uma explicação técnica para o sucedido no dia 23 de Janeiro afirmando que houve uma "sobrecarga de afluxos" aos sistemas de informação - portal do eleitor e serviço SMS - cerca das 13.20. "Há um disparo que fez esta concentração. Não sendo informático trabalhei muitos anos com hidráulicos que têm para isto um nome, factor de carga. Que é que aconteceu? Nós estávamos preparados para ter uma chuva intensa e tivemos uma tromba d"água", afirmou, ressalvando que não estava a atribuir "responsabilidades a ninguém".
"Apesar de o senhor director-geral compreensivelmente querer dar estas explicações técnicas, eu queria pedir aos deputados um pouco de paciência que não será muita", afirmou Rui Pereira, acrescentando que pediu à Universidade do Minho para que o inquérito esteja concluído em duas semanas. Rui Pereira pediu desculpa aos eleitores que tiveram dificuldades em votar no domingo.