Descobertos 20 caixões selados, "como os antigos egípcios os deixaram"

Os pormenores do achado arqueológico foram remetidos para sábado, mas a descoberta já é considerada de grande dimensão
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"Uma das maiores e mais importantes descobertas anunciadas nos últimos anos". Foi assim que as autoridades egípcias anunciaram que foi encontrado "um enorme esconderijo" de 20 caixões selados, na região de Luxor.

Os sarcófagos de madeira, que estão muito bem preservados, nomeadamente pelas gravuras intactas e cores ainda vivas que apresentam - ou seja, "estão como os antigos egípcios os deixaram" em Al-Assasif, uma antiga necrópole na margem oeste do rio Nilo. O local já fez parte da antiga cidade de Tebas, cujas ruínas se encontram na atual Luxor.

O achado arqueológico é já visto como uma importante descoberta, mas os pormenores e informações adicionais, nomeadamente de que período datam, serão dadas no próximo sábado. Para já, sabe-se que os caixões estavam espalhados por dois níveis de uma grande tumba, sendo que em Al-Assasif foram enterrados nobres e oficiais durante os tempos dos faraós.

Este local, de resto, já produziu vários achados arqueológicos que datam da 18ª dinastia egípcia, que começou por volta de 1539 a.C. No entanto, a maior parte dos sarcófagos localizados perto do Vale dos Reis remete para o um período mais recente da Antiguidade Egípcia, entre 664 e 332 a.C.

O Ministério das Antiguidades do Egito postou no Twitter imagens do achado, onde se vê o ministro da tutela a inspecionar os sarcófagos. No mesmo post, o ministério remete para sábado mais novidades sobre o assunto.

Tem sido um período de grandes achados arqueológicos no Egito - há cerca de uma semana as autoridades do país anunciaram outra descoberta de grande dimensão em Luxor, o Vale dos Macacos: na quinta-feira, 10 de outubro, o Ministério das Antiguidades do Egito revelou que tinha sido descoberta uma antiga área industrial que produzia artefactos decorativos, móveis e cerâmicas para embelezar as tumbas reais.

O complexo descoberto na semana passada é composto por 30 oficinas e um grande forno para cozer as peças de cerâmicas.

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