Demolição da Torre 5 do Aleixo envolve 300 operacionais
Em conferência conjunta, o comandante da Polícia Municipal do Porto, subintendente Leitão da Silva, o comandante do Batalhão Sapadores Bombeiros do Porto, tenente coronel Rebelo de Carvalho e o chefe da área operacional da PSP do Porto, intendente Pedro Moura, explicaram as questões logísticas e de segurança relacionadas com a implosão da Torre 5 do Bairro do Aleixo, no Porto, agendada para sexta-feira, cujo alerta vigora entre as 8:30 e as 12:30.
A operação envolverá entre 250 a 300 operacionais, dos quais 120 PSP, para além de elementos da Polícia Municipal do Porto, dos Bombeiros Sapadores do Porto, da Protecção Civil, do INEM, da DomusSocial e da Câmara do Porto.
Entre as 8:30 e as 10:30, as equipas multissectoriais irão evacuar os 509 moradores da Rua Mocidade da Arrábida, entre os números 1 a 280, e das torres 3 e 4, tendo as entidades estabelecido dois pontos de recuo para dar apoio a estas pessoas.
O trânsito estará cortado nos acessos ao perímetro de segurança estabelecido - uma área de cerca de oito hectares - a norte no gaveto formado pela Rua Carvalho Barbosa e Rua Arnaldo Leite, a Nascente na Rua da Mocidade da Arrábida e a Poente no gaveto formado pela Rua Carvalho Barbosa e a Rua do Aleixo.
A Sul, na marginal, na Rua do Ouro, só se irá sentir uma interrupção do trânsito minutos antes da implosão, tendo, entanto, Pedro Moura alertado para o facto do trânsito ir estar condicionado, pedindo assim às pessoas que "não circulem senão em caso de necessidade".
A linha ZL, da STCP, também será suprimida durante o período de alerta.
Segundo Leitão da Silva, quando foi feita a comunicação pessoal formal da operação e o levantamento das necessidades junto da população - para averiguar o número de pessoas com necessidade de transporte específico, quer por terem mobilidade reduzida ou problemas de saúde - "das 509 apenas 37 manifestaram a vontade de irem para os centros de apoio".
"Quer isto dizer que a esmagadora maioria da população para além de não evidenciar uma preocupação desmedida com a operação e de acatar de forma tranquila a mensagem que lhe foi transmitida, arranjou esquemas de colaboração e de recuo familiar para não ter necessidade de utilizar as zonas criadas", explicou.
Para a demolição controlada dos treze andares da Torre 5 do Bairro do Aleixo optou-se pela técnica da implosão uma vez que, segundo Rebelo de Carvalho, esta é a técnica mais rápida, com menor geração de poeiras, com menores riscos, com maior segurança e com menores vibrações para os as estruturas circundantes, reduzindo o risco de danos estruturais.
Por questões de segurança e para evitar a projecção de materiais, a Torre 5 está já neste momento completamente despida.
Haverá ainda tanques de água dentro e à volta da torre, para que, nas fracções de segundo antes da implosão, a água seja "disparada", absorvendo as poeiras resultantes da mesma.