DCIAP e Edmond Rothschild confirmam buscas que visaram clientes e não a instituição
O Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) confirmou hoje, numa nota enviada à agência Lusa, a realização de buscas no Banco Edmond de Rothschild em Lisboa e a apreensão de elementos essenciais à investigação, que visa "alguns dos clientes" da instituição.
O DCIAP, departamento do Ministério Público que investiga a criminalidade económico-financeira mais grave e sofisticada, salienta que a investigação não visa aquelas entidade bancária, mas "sim alguns dos seus clientes".
O DCIAP refere que este processo, dirigido por um procurador, encontra-se em segredo de justiça, pelo que "não é possível, nesta fase, acrescentar novos esclarecimentos".
Entretanto, uma nota informativa enviada pelo Banque Privée Edmond de Rothschild à agência Lusa refere que foram realizadas "diligências de inspecção por parte de autoridades de supervisão e judiciárias nas instalações do banco em Lisboa" e que "tais diligências tiveram por objecto dois ex-clientes do banco".
"O banco prestou às autoridades toda a colaboração legalmente exigida e prossegue a sua actividade em plena normalidade segundo os padrões e standards que são apanágio da instituição", conclui a nota enviada à Lusa pela sucursal portuguesa daquele banco privado.
Segundo avançou hoje o Diário de Notícias (DN), a sucursal do banco luxemburguês Edmond Rothschild, situada num palacete no Príncipe Real, em Lisboa, foi na segunda-feira alvo de buscas policiais, por suspeita de branqueamento de capitais e fraude fiscal.
Uma equipa de magistrados do Ministério Público, elementos da Polícia Judiciária e técnicos do Banco de Portugal, acompanhada pelo juiz Carlos Alexandre, entrou na dependência de manhã e permaneceu durante todo o dia de segunda-feira, tendo tomado de imediato o controlo do sistema informático.
De acordo com o DN, os clientes deste banco são expressamente convidados pela instituição bancária, que essencialmente faz a gestão de fortunas e administração de activos.