Coronavírus. Número de mortos sobe para 805 e ultrapassa vítimas da SARS

Última atualização dos números pelas autoridades chinesas dá conta de 805 mortos devido ao vírus de Wuhan na China, ultrapassando as 774 feitas pela Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS na sigla em inglês) em 2002-2003.
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O último balanço das autoridades chinesas dá conta de que 805 pessoas já morreram devido ao coronavírus, 803 das quais na China. O número de vítimas ultrapassa assim as da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS na sigla em inglês) que em 2002-2003 matou 774 pessoas.

As autoridades da província de Hubei deram conta, na sua atualização diária, de 81 novas mortes nas últimas 24 horas. Segundo os mesmos dados, estão confirmados mais 2147 casos de infeção.

No mapa interativo que mostra a disseminação da doença, os casos de contágio já ultrapassaram os 37 mil - 36 767 deles só na China continental.

Durante o dia de sábado, cinco britânicos contagiados com o novo coronavírus, quatro adultos e uma criança, cujo estado de saúde não é preocupante, foram hospitalizados na França, confirmou a ministra francesa da Saúde, Agnès Buzyn.

Estes novos casos somam-se aos seis que já tinham sido detetados até agora no território francês.

Estes contágios terão origem num britânico que esteve quatro dias em Singapura, a partir de 24 de janeiro, de onde viajou para Contamines-Montjoie, nos Alpes franceses, acrescentou a ministra.

Além das cinco pessoas que deram positivo nos testes do novo coronavírus, outros seis "contactos próximos" do britânico, que estavam no mesmo chalé, foram internados na madrugada de sábado, completou a ministra Agnès Buzyn.

"Onze pessoas no total, todas de nacionalidade britânica" foram hospitalizadas, relatou Agnès Buzyn, acrescentando que "o seu estado clínico não apresenta sinais de gravidade".

As autoridades estão a tentar encontrar outras pessoas que tenham tido contacto com o britânico inicialmente infetado.

Norte-americano morreu quando estava internado em Wuhan

A embaixada dos Estados Unidos na China anunciou este sábado a morte de um cidadão norte-americano morreu que estava internado em Wuhan, a cidade chinesa onde começou o surto de coronavírus. É a primeira morte confirmada de um estrangeiro na China.

"Podemos confirmar que um cidadão norte-americano, de 60 anos, declarado portador do coronavírus morreu num hospital de Wuhan, no dia 06 de fevereiro", avançou um porta-voz da embaixada, em Pequim."Apresentamos as nossas condolências à família", acrescentou , precisando que não seria feito qualquer outro comentário para manter a privacidade dos familiares.

Na última quinta-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês indicou que 19 estrangeiros foram infetados na China, incluindo dois que já recuperaram. A nacionalidade dos pacientes não foi divulgada.

Também a diplomacia japonesa anunciou este sábado que um japonês sexagenário, suspeito de estar infetado com o coronavírus, morreu num hospital de Wuhan. O Ministério dos Negócios Estrangeiros japonês indicou que o homem tinha sido hospitalizado devido a uma grave pneumonia viral, sem que a causa tivesse sido formalmente identificada.

A primeira pessoa a morrer por causa do novo coronavírus, fora da China, foi um cidadão chinês nas Filipinas.

Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há outros casos de infeção confirmados em mais de 20 países. Na Europa, o número de casos confirmados chegou quinta-feira a 31, com novas infeções detetadas no Reino Unido, Alemanha e Itália.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou, a 30 de janeiro, uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional, o que pressupõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.

Hong Kong impôe quarentena aos viajantes da China

A partir deste sábado quem chegar a Hong Kong proveniente da China fica sujeito a uma quarentena obrigatória de 14 dias, o período máximo de incubação da doença.

Os visitantes terão que permanecer em casa ou num hotel, sujeitos a visitas aleatórias e a contactos telefónicos da polícia, para garantir que cumprem as duas semanas de isolamento, uma medida destinada a evitar a propagação da doença no território. O incumprimento da quarentena pode dar até seis meses de prisão.

Hong Kong regista, até agora, um morto e 26 infetados pelo coronavírus.

Atualizado às 23:19 de sábado 8 de fevereiro

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