Clubes belgas aplicam desemprego temporário devido à falta de receitas
Vários clubes de futebol da Bélgica, entre os quais o Anderlecht e o Standard Liège, estão a aplicar regras de desemprego temporário aos jogadores e treinadores, face à ausência de receitas devido à pandemia da covid-19. O Anderlecht, equipa mais laureada da história da Bélgica, informou esta segunda-feira que pôs em marcha o "desemprego técnico" para boa parte dos seus empregados, devido a um impacto económico "sem precedentes".
As medidas temporárias de regulação foram anunciadas pelo governo belga nos últimos dias, devido a restrições económicas de força maior, devido à crise sanitária que se vive em todo o mundo devido ao coronavírus.
O clube adiantou que tanto jogadores, como treinadores, "aceitaram o esforço proporcional, e considerável" para se reduzirem custos nas próximas semanas, num acordo que se concretizará nos próximos dias. Além desta redução de salários, o clube de Bruxelas anunciou no sábado (dia 21) o despedimento do treinador adjunto Pär Zetteberg, por "razões financeiras." Também o Standard Liège, do português Orlando Sá, avançou no fim de semana, com a medida de "desemprego técnico" para um grupo de treinadores do clube.
Outros clubes, da primeira e segundas divisões belgas, como o Zulte Waregem ou o Excelsior, estão a aplicar a "regulação temporal" de emprego a jogadores e treinadores.
O cenário de cortes salariais parece agora alastrar na Europa. Em França, depois de Amiens, Montpellier e Nimes ter decido fazer cortes, o Lyon avançou com uma imposição de corte parcial no total de 85% no salário dos jogadores. Na Suíça, o Sion, liderado pelo português Ricardo Dionísio, despediu nove jogadores por recusarem a proposta de emprego parcial imposta pelo clube. Em Espanha, a imprensa noticiou que o próprio Barcelona está a estudar a melhor forma de reduzir os salários dos jogadores e equipa técnica.