CIA sem informações de que Rússia considera uso de armas nucleares táticas

A Rússia colocou as suas forças de dissuasão, incluindo armas nucleares, em alerta máximo logo após o início da invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro. Caso existisse intervenção externa, o presidente russo prometeu uma resposta "rápida".
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O diretor da CIA, principal agência de informações dos EUA, Bill Burns, disse este sábado em Washington que não possui informações que apontem para a utilização pela Rússia de armas nucleares táticas na Ucrânia.

"Não vemos neste momento, enquanto serviço de informações, nenhuma prova concreta de que a Rússia esteja a preparar o desdobramento ou mesmo o uso potencial de armas nucleares táticas", disse numa conferência organizada pelo jornal Financial Times.

"Dadas as declarações belicistas que (...) ouvimos dos líderes russos, não podemos tomar essa possibilidade de ânimo leve", acrescentou, observando que a CIA continua "muito focada" nesta questão.

A Rússia colocou as suas forças de dissuasão, incluindo armas nucleares, em alerta máximo logo após o início da invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro. Vladimir Putin também emitiu ameaças veladas, insinuando que estava pronto a considerar o uso de armas nucleares táticas.

A Rússia tem muitas armas nucleares táticas, menos poderosas que a bomba de Hiroshima, de acordo com a sua doutrina de "escalada-desescalada" que consistiria em primeiro usar uma arma nuclear de baixa potência para retomar a vantagem no caso de um conflito convencional com o Ocidente.

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