China detetou coronavírus em gelados feitos com produtos importados

As autoridades chinesas anunciaram este domingo que detetaram vestígios do novo coronavírus em gelados produzidos numa fábrica no leste da China, com produtos da Nova Zelândia e da Ucrânia
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As autoridades chinesas anunciaram hoje que detetaram vestígios do novo coronavírus em gelados produzidos numa fábrica no leste da China.

A fábrica Daqiaodao Food Co., situada em Tianjin, a uma centena de quilómetros de Pequim, foi encerrada, enquanto os empregados são testados, segundo um comunicado das autoridades locais, citado pela agência de notícias Associated Press (AP).

Dos ingredientes destes gelados, adiantaram ainda as autoridades locais, fazem parte leite em pó importado da Nova Zelândia e soro de leite em pó da Ucrânia.

O Governo chinês tem vindo a sugerir que a doença, detetada pela primeira vez no final de dezembro de 2019 em Wuhan, uma cidade do centro da China, chegou ao país através de mercadorias importadas, sem apresentar, contudo, provas. A alegação foi recebida com ceticismo pela comunidade internacional de cientistas.

Nesta altura, está no país uma equipa e peritos da Organização Mundial de Saúde (OMS) para investigar a origem do vírus. Além da OMS, a missão integra especialistas da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e da Organização Mundial de Saúde Animal, estando envolvidos cientistas dos Estados Unidos, Japão, Rússia, Reino Unido, Holanda, Dinamarca, Austrália, Vietname, Alemanha e Qatar.

Em fevereiro e julho de 2020, duas equipas de especialistas visitaram a China com o mesmo objetivo da atual missão, mas poucos pormenores foram divulgados sobre a origem de um vírus que já provocou quase dois milhões de mortes entre os mais de 91,5 milhões de contaminações em todo o mundo.

A maioria dos 29 mil lotes dos gelados ainda não tinham sido vendidos, tendo 390 unidades vendidas em Tianjin sido recolhidas.

Em 16 de dezembro, as autoridades chinesas anunciaram pela primeira vez que encontraram vestígios do novo coronavírus em embalagens de carne de frango congelada de produção doméstica, também numa cidade do leste da China.

Até aí, a China tinha anunciado vários casos de vestígios de SARS-CoV-2 em embalagens de alimentos congelados, mas oriundos de outros países, entre os quais o Brasil.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.009.991 mortos resultantes de mais de 93,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A China somou, no total, 88.227 infetados desde o início da pandemia, além de 4.635 mortos.

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