CGD. Consultadoria para Domingues custou 1,2 milhões

A consultadoria que trabalhou com António Domingues na administração da Caixa Geral de Depósitos custou cerca de 1,2 milhões de euros.
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Houve dois pagamentos, um de "trezentos e tal coisa mil euros" e outra de 900 mil euros, envolvendo advogados e consultores, explicou hoje, na segunda comissão parlamentar de inquérito à CGD, o antigo presidente do banco, para quem esta despesa foi "relativamente modesta".

Domingues especificou que este foi o pagamento de honorários por trabalhos desenvolvidos entre meados de abril e setembro (ou seja, antes e depois de iniciar funções como presidente do banco público).

"Essas equipas não trabalharam para mim", trabalharam para a CGD e daí o banco os ter pago, tendo participado, nomeadamente, no processo de alteração legislativa do Estatuto do Gestor Público que lhe permitiu aceitar o convite do Governo para presidir ao banco público.

António Domingues está a depor na segunda comissão parlamentar de inquérito à CGD, que averigua o que se passou para levar o gestor à demissão do banco (novembro de 2016).

Luís Marques Guedes, do PSD, disse no início do seu questionário ao gestor que "o Governo fez de si vilão e depois tolo", perguntando-lhe se aceitava "esta versão dos factos".

Domingues assegurou que uma das condições que pôs foi não ser obrigado - ele e restantes membros da administração - a entregar declarações de rendimento e património no Tribunal Constitucional.

"A não divulgação das declarações de patrimónios foi condição para integrarem a equipa?", perguntou Marques Guedes. "Sim", respondeu Domingues.

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