Centeno arranca ano com excedente de 1,3 mil milhões. Menos do que há um ano
O ministro das Finanças terminou o mês de janeiro com um excedente em contabilidade pública mais baixo do que há um ano.
"A execução orçamental em contabilidade pública das Administrações Públicas de janeiro registou um saldo de 1.287,5 milhões de euros", refere o comunicado emitido esta quinta-feira pelo gabinete de Mário Centeno. "Em termos homólogos verificou-se uma degradação de 238,5 ME explicada pelo crescimento da despesa (11,5%) superior ao da receita (5,5%)", esclarece a nota que antecede a divulgação da execução orçamental por parte da Direção-Geral do Orçamento.
O comunicado das Finanças sublinha que a execução de janeiro, "para além de ainda ser pouco representativa, encontra-se neste mês influenciada por efeitos significativos que afetam a comparabilidade em termos homólogos por decorrerem de operações com desfasamentos temporais, nomeadamente a antecipação do pagamento das contribuições para a União Europeia (+157 milhões de euros)".
O gabinete de Mário Centeno indica que "excluindo estes efeitos o saldo apresentaria uma melhoria em cerca de 84 milhões de euros com um crescimento da receita em 5,1% e da despesa em 4,8%."
De acordo com o comunicado das Finanças, a despesa com os funcionários públicos registou um crescimento homólogo de 7,1%. "A despesa com salários dos funcionários públicos cresceu 4,2% (sem o efeito do fim da PPP de Braga), apesar de ainda não incluir o efeito da atualização salarial de 2020 que se deverá refletir a partir de abril", esclarece.
"Este aumento expressivo das despesas com pessoal resulta do impacto da conclusão do processo de descongelamento das carreiras, o que implicou que no mês anterior cerca de 500 mil funcionários públicos tenham beneficiado da última fase do processo de descongelamento e tenham passado a receber, pela primeira vez na última década, 100% do valor das progressões", explica a nota divulgada esta quinta-feira, lembrando que "para 2020 prevê-se um aumento do salário médio de 3,3% dos funcionários públicos."