Carreiras sugere a Rio que vá em 15.º pelo Porto

O antigo coordenador autárquico do PSD elogia as escolhas "de risco" do líder do PSD para cabeças de lista às legislativas. E sugere que Rio vá em lugar potencialmente não elegível no Porto e integre os proto-candidatos à liderança do partido, como Montenegro ou Jorge Moreira da Silva.
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Num longo post no Facebook, Carlos Carreiras começa por elogiar as escolhas de Rui Rio para liderar as listas às eleições de 26 de outubro, mas que também considera de "rutura e de risco", o que também valoriza. Mas deixa um recado forte ao líder do PSD, do qual tem sido muito crítico: "A estratégia anunciada deve ser complementada com algumas precauções, para que esta aposta do Presidente do PSD não possa ser questionada no sentido de que Rio ao não ser cabeça de lista é para poder continuar a dizer que nunca perdeu nenhuma eleição em que liderou a lista, ou que se trata de uma estratégia de colocar cordeiros pascais em cabeças de lista para o lobo mau se esconder atrás deles".

E para que Rio dê um sinal de que acredita que vai melhorar os resultados eleitorais das últimas eleições legislativas - em que o PSD concorreu coligado com o CDS -, não liderando a lista do Porto, "deve ir em 15.º lugar pelo distrito (nas últimas eleições o PSD elegeu 14 deputados).

Do mesmo modo desafia o líder social-democrata a integrar nas listas os "proto-anunciados candidatos" à presidência do PSD em próximas eleições internas. O presidente da Câmara de Cascais entende que deveriam ser convidados figuras como Luís Montenegro por Aveiro e Jorge Moreira da Silva em Braga, por exemplo. "Rio também não deve colocar familiares nas listas para não se confundir com a política socialista de nomeações de familiares socialistas", escreveu Carlos Carreiras.

Se assim não for, acrescentou, esta forma de fazer política com "Rutura" e com "Risco" fica algo comprometida, mas parece ter um espírito "Científico" de fazer política que pode não ser compreendida pelo eleitorado e passar apenas a ser considerada como 'Excêntrica'".

Para o antigo coordenador autárquico e vice-presidente de Pedro Passos Coelho, "agora não há lugar para amadorismos, como se passou antes das eleições europeias com o processo dos acordos com PCP e BE nos Professores, ou mais recentemente com o acordo com o PS em relação à tentativa de controlo do Ministério Público, ou ainda mais recente com a Lei de Bases da Saúde, em que nós deixámos envergonhar pelo PS ao dispensar a disponibilidade de Rio de dar apoio em substituição do PCP e do BE".

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