Carlos Avillez, Ruy de carvalho e amigos recordam actor
O encenador Carlos Avillez mostrou-se hoje desgostoso com a morte do actor António Feio, cujo trabalho e 'exemplo de coragem' pretende 'divulgar muito' entre alunos e profissionais do teatro.
'Sinto um grande desgosto, saudade e ternura', disse, com a notícia do falecimento, quinta feira à noite, na Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital da Luz, onde estava internado com cancro no pâncreas.
Actor e encenador, António Feio, de 55 anos, estreou-se no teatro com Carlos Avillez, que o convidou para entrar na peça 'O Mar', de Miguel Torga, no Teatro Experimental de Cascais (TEC), a 06 de maio de 1966, tinha apenas 11 anos.
'Era um miúdo muito simpático, com um grande sorriso, que manteve sempre', recordou Carlos Avillez em declarações à agência Lusa, acrescentando que logo nessa peça 'obteve grandes ovações do público'.
O encenador acrescentou que acompanhou sempre a carreira de António Feio, mesmo quando deixou o TEC e continuou o seu trabalho pelo teatro, televisão e cinema.
Ruy de Carvalho, que contracenou com António Feio quando este ainda era uma criança, diz 'perdi um filho. Um filho do teatro, da representação.'
'Diverti-mo-nos juntos, vivemos juntos', recorda o actor Nicolau breyner. Fica, no entanto uma certeza para o actor 'ele continua vivo no nosso coração e na nossa memória'
Herman José, além de salientar o talento de António feio, não deixa de referir como Pedro Gomes, amigo e colega de António Feio deve estar neste momento. 'Eles funcionavam como um organismo', reforça.
O funeral realiza-se sábado, pelas 16:00, partindo do Palácio das Galveias para o Cemitério dos Olivais, em Lisboa.
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