Bunkers e ilhas desertas. Como os ricos fugiram da pandemia
Quando a pandemia de covid-19 chegou a países como Reino Unido e Estados Unidos, foram muitos os ricos que se afastaram das metrópoles para passarem o período de confinamento em locais como ilhas privadas, castelos ou bunkers.
Em reportagem, a BBC explica que as vendas de bunkers aumentaram 40% desde o início da pandemia. "As pessoas estão a comprá-los não especificamente para o coronavírus, mas para o que o coronavírus pode trazer. Os Estados Unidos são muito vulneráveis economicamente e, se houver um colapso, veremos também um colapso na agitação civil e social, então teremos pessoas a ir de porta em porta a tentar fazer mal, roubar, levar comida e coisas assim. Assim sendo, se o que os meus clientes querem fazer é esconderem-se no subsolo, então eles não precisam de se preocupar com o que está acontecendo lá fora. Eles estão seguros dentro do seu bunker", explicou Gary Lynch, da Rising S Company, empresa norte-americana que constrói bunkers.
Construído em aço protetor, com portas à prova de bala e filtros de ar que removem pó, cada bunker custa mais de 50 milhões de dólares (46 milhões de euros). Na reportagem foi mostrado um com cerca de 557 m², duas cozinhas, uma grande área pata jantar, uma dispensa para alimentos para um mínimo de seis meses, uma sala principal de 55m², um jardim de estufa de 93 m² e um campo de tiro.
"O maior bunker que já construímos tem 1.208 m² e houve nada assinado entre mim e o representante do comprador. Eu sei quem é o representante, mas não faço ideia de quem é o comprador", contou Gary Lynch.
Já Penny Musgrove, CEO da empresa britânica Quintessentially Estates, conta que os seus principais clientes "geralmente são empresários, celebridades e executivos de alto nível que possuem não apenas uma casa, mas várias em todo o mundo".
"Solicitam-nos as Terras Altas da Escócia e lugares como bunkers, que são bastante complicados de encontrar. Muitas pessoas querem castelos na Escócia e as ilhas também são populares", revelou.
De acordo com a Forbes, os principais milionários do planeta são os norte-americanos Jeff Bezos (104,6 mil milhões de euros), Bill Gates (91 mil milhões), Warren Buffett (62,5 mil milhões), Larry Ellison (54,6 mil milhões), Mark Zuckerberg (50,6 mil milhões), Jim Walton (50,5 mil milhões), Alice Walton (50,4 mil milhões), Samuel Robson Walton (50,1 mil milhões), o francês Bernard Arnault e a família (70 mil milhões) e o espanhol Amancio Ortega (51 mil milhões).