Bruno de Carvalho, ex-presidente do Sporting, assumiu em entrevista à TVI que irá mover um processo ao estado português na sequência da sua absolvição no processo da invasão da Academia de Alcochete. "Ação ao estado português? Pecuniária, sim?", limitou-se a dizer..O ex-líder leonino acrescentou ainda que "os sportinguistas deviam pensar no que aconteceu e solicitar uma Assembleia Geral" para que o próprio Bruno de Carvalho possa "regressar como associado de plenos poderes". "Acho que fiz um excelente trabalho em algo que me acho muito bom", assumiu..Bruno de Carvalho assumiu que "fez-se justiça naquilo que é o processo penal", mas lembrou que "isto não é o fim". "Foi muito pesado para mim e para a minha família. Foi um assassínio de caráter. E na rua as pessoas dizem que não foi feita justiça", justificou, deixando bem vincado que "a decisão por falta de provas não corresponde a verdade". "Esta procuradora [Cândida Vilar] tentou por todos os meios defender a tese da acusação. Era sempre o Bruno de Carvalho o tema do julgamento", frisou..Sobre o resultado do julgamento, Bruno de Carvalho considerou "estranho" o facto de "o Ministério Público não ter pedido a extração de uma certidão para pessoas que ficaram envolvidas neste processo. Foram produzidas provas estranhas e é bom lembrar que Cândida Vilar escondeu o apenso D da investigação". O ex-dirigente do Sporting explicou então melhor a sua tese: "O autor moral é alguém que tem a autoria do principio ao fim. E ficou provado que uma pessoa disse que 'saiam, saiam' e essa pessoa sai incólume disto tudo.".Bruno de Carvalho considera que existe uma razão por ter sido envolvido neste processo da invasão a Alcochete: "Mexi em muitos interesses e a verdade é que há muitos processos, que estão a decorrer, que têm por base acusações que fiz. Era impensável no Benfica ou no FC Porto acontecer o que aconteceu... Como cidadão fiquei horrorizado com o que aconteceu em Alcochete, mas três meses antes aconteceu o mesmo em Guimarães e ninguém ligou nenhuma. Foram crimes hediondos e eu não percebo o que ganhava com aquele crime.".O ex-dirigente revelou ainda qual foi o seu pensamento assim que foi declarado inocente no julgamento desta quinta-feira: "Não dirigi o meu pensamento para lado nenhum porque era óbvio que ia haver uma absolvição. Pensei ir abraçar a minha família porque eles sofreram o que nunca deviam ter sofrido, só porque um dia eu tive a ambição de ser presidente do Sporting. E pensei que ia ter de lutar pela minha honra e dignidade."