BE propõe fechar Av. Liberdade e Baixa ao trânsito automóvel poluente

Bloco de Esquerda (BE) pretende criar zonas de emissões zero na Av. Liberdade, Baixa-Chiado e Ribeira das Naus, fechando-as ao trânsito de não-residentes, com exceções para veículos não poluentes, transportes públicos e veículos prioritários e/ou autorizados
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O Bloco de Esquerda Lisboa propõe a criação de zonas de emissões zero (ZEZ) na Avenida da Liberdade, Baixa-Chiado e Ribeira das Naus, fechando-as ao trânsito de não-residentes, com exceções para veículos não poluentes, transportes públicos, residentes e veículos prioritários e/ou autorizados.

Esta é uma das quatro medidas apresentadas pelo BE através de um comunicado enviado às redações, como resposta ao programa Lisboa Capital Verde Europeia 2020, que os bloquistas consideram ser "apenas um conjunto de anúncios, que pouco significam em termos de adaptação da cidade à emergência climática".

Ainda assim, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, já tinha anunciado a 11 de janeiro que a zona da Baixa-Chiado passará a ser "zona de emissões reduzidas", onde a circulação automóvel será reduzida ao "mínimo indispensável". "Vamos avançar em definitivo para combater a poluição nas zonas centrais da cidade de Lisboa, reduzindo a circulação automóvel na Avenida da Liberdade e na Baixa da cidade", afirmou Fernando Medina, numa conversa com jovens no Pavilhão Carlos Lopes, inserida nas cerimónias que marcaram o arranque de Lisboa Capital Verde Europeia 2020.

As outras medidas apresentadas pelo Bloco de Esquerda passam por "implementar em toda a cidade um sistema de monitorização de poluição do ar e ruído", "criar os quarteirões de Emissões Zero, com medidas de controlo de volume de tráfego automóvel nas zonas mais poluídas da cidade, como o Parque das Nações, Telheiras e Belém e a "implementação de um plano de contingência de saúde pública, à semelhança do que acontece em Madrid, Paris ou Bruxelas, a ser ativado quando se ultrapassem os limites de poluição estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde".

Para os quarteirões de emissões zero, o BE propõe criar zonas com velocidade máxima de 30 km/h, aumentar o número de ciclovias, vias exclusivas para transportes públicos e docas de bicicletas partilhadas, encerrar parcialmente ruas ao trânsito automóvel não-residente e reduzir gradualmente o estacionamento de superfície "em prol de espaços verdes e outros espaços adaptados a famílias".

Este conjunto de propostas foi enviado esta quarta-feira a Fernando Medina.

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