O programa de compras emergência pandémicas (PEPP, na sigla em inglês), a chamada bazuca para combater a crise pandémica anunciada a 18 de março, vai ter um reforço de 600 mil milhões de euros, passando assim para um total de 1350 mil milhões de euros em compras de divida publica e outros ativos, anunciou o Banco Central Europeu (BCE), esta quinta-feira.."Em resposta à revisão em baixa da inflação no horizonte de projeção devido à pandemia", a expansão deste programa de compra de dívida, que foi lançado a 18 de março com um valor inicial de 750 mil milhões de euros e era para durar só até ao final deste ano, também vai ser prolongado. Vai ter pelo menos mais seis meses de duração..Segundo o BCE, isto "facilitará ainda mais a orientação geral da política monetária, apoiando as condições de financiamento da economia real, especialmente de empresas e famílias".."As compras de ativos continuarão a ser realizadas de maneira flexível ao longo do tempo, entre classes de ativos e entre jurisdições. Isso permite que o conselho do BCE evite efetivamente riscos sobre a transmissão suave da política monetária".."O horizonte para compras líquidas no âmbito do PEPP será estendido até ao final de junho de 2021, pelo menos. De qualquer forma, o conselho do BCE realizará compras de ativos líquidos no âmbito do PEPP até que a fase de crise do coronavírus tenha terminado."."Os pagamentos do capital [reembolso de obrigações do tesouro] adquirido no âmbito deste programa e que forem vencendo serão reinvestidos até ao final de 2022, pelo menos". Ou seja, o BCE vai ficar com toda esta dívida pública por vários anos, dois ou três ou até mais, dependendo das maturidades dos títulos na sua posse..Notícia em atualização no Dinheiro Vivo.