Autarquia acusada de enterrar animais de companhia numa vala comum

Autarca recusa transformar enterro de animais em caso político
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O presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia, disse esta sexta-feira que se recusa a transformar num caso político a denúncia do enterro de cadáveres de animais de companhia numa vala.

"Por mais que queiram transformar [o assunto] num caso político, eu continuarei a interpretar da mesma forma a situação. Compreendo que o senhor [vereador do PSD, Paulo Moradias] não queira compreender", afirmou o presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia.

O vereador do PSD Paulo Moradias levou esta sexta-feira à reunião pública do executivo municipal o caso da vala comum onde o município enterrou cadáveres de animais de companhia e confrontou o autarca sobre as acusações que foram dirigidas à autarquia.

"Foi feita uma acusação de que se estava perante um grave atentado ambiental que põe em causa a saúde pública. Gostava de saber, do presidente, o que é que efetivamente se passa sobre isto", questionou o vereador social-democrata.

O presidente da autarquia explicou que a decisão foi tomada pelo veterinário municipal, não por qualquer vereador, e adiantou que falou com o próprio veterinário no sentido de perceber se havia alguma ilegalidade.

"Não vou fazer ou transformar uma decisão do veterinário num assunto político", frisou.

Paulo Moradias insistiu no assunto e argumentou que aquilo que foi tornado público diz que não se tratou de uma situação pontual e que aconteceu por mais do que uma vez.

"Ele [veterinário] não abriu a vala sozinho. Esta decisão terá sido repetida por mais do que uma vez. A situação é caso único ou é de esperar que possam vir a lume mais situações dessas? O senhor [presidente] disse que foi uma situação pontual", insistiu o vereador do PSD.

Luís Correia reagiu e explicou que respeita as competências técnicas do veterinário municipal.

"Já lhe respondi. O veterinário tem os recursos que precisa para tomar decisões que entender à luz das suas competências e obrigações. Não entro nas competências de uma autoridade, nem interfiro nas competências do veterinário municipal", concluiu.

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