Pós-Brexit. Costa e Marcelo saúdam acordo que permite manter aliado como "importante parceiro"

Primeiro-ministro e Presidente da República reagiram ao anúncio do acordo entre União Europeia e Reino Unido para o pós-brexit, a partir de 1 de janeiro
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Ainda em quarentena, devido ao contacto com o presidente francês Emmanuel Macron, o primeiro-ministro português recorreu à rede social Twitter para assinalar o acordo alcançado nas negociações entre União Europeia e Reino Unido para regulamentar as relações entre as duas partes a partir do próximo 1 de janeiro.

António Costa diz "saudar vivamente" o acordo alcançado depois de tão duras e prolongadas negociações, que viveram um impasse ao longo de vários meses até conhecerem por fim um acordo nas últimas horas antes do Natal. O primeiro-ministro salienta a importância de um acordo que garante a permanência do Reino Unido, velho aliado português, como "um importante parceiro" da União Europeia.

Também o Presidente da República felicitou a Comissão Europeia e o Governo britânico pelo "histórico acordo" para as futuras relações entre a União Europeia (UE) e o Reino Unido.

"O Presidente da República felicita a Comissão Europeia e o Governo Britânico pelo histórico acordo hoje concluído para regular as futuras relações entre a União Europeia e o nosso mais antigo aliado, o Reino Unido", escreveu Marcelo Rebelo de Sousa, numa nota colocada no site da Presidência.

O chefe de Estado português felicitou "todas as pessoas que contribuíram para este resultado", nomeadamente a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, também já considerou que o acordo comercial pós-'Brexit' hoje alcançado entre a UE e o Reino Unido "significa muito para Portugal" e "é uma boa notícia" para quem vive e trabalha "em países amigos".

Em notas publicadas na rede social Twitter, o ministro Augusto Santos Silva saudou o acordo e dirigiu-se quer aos portugueses residentes no Reino Unido, quer aos britânicos residentes em Portugal.

"O acordo é também uma boa notícia para os portugueses residentes no Reino Unido e para os britânicos residentes em Portugal. Eles sabem que vivem e trabalham em países amigos", afirmou.

O ministro dos Negócios Estrangeiros também considerou que o acordo "significa muito para Portugal".

"[Significa] melhores condições para desenvolver a relação económica com o nosso primeiro parceiro fora da UE e a principal origem de turismo para Portugal e a continuação de uma relação muito próxima com o nosso mais antigo aliado", finalizou.

A 1 de janeiro de 2021, o período transição em que o Reino Unido ainda goza de todos os direitos e obrigações idênticos ao de um Estado-Membro será substituído por um acordo comercial que foi finalmente fechado e vai ser assinado por Londres e Bruxelas.

Há agora um roteiro para a concretização formal, em que se prevê que a Comissão Europeia formulará uma proposta que colocará à apreciação dos Estados-Membros. O Conselho adoptará uma decisão sobre a assinatura e possível aplicação provisória do acordo. Se os prazos se concretizarem, a decisão será publicada no Jornal Oficial da União Europeia, permitindo a entrada em vigor, provisória, a 1 de janeiro.

Mais tarde, prevê-se que na primeira sessão plenária do próximo ano, o Parlamento Europeu votará então o acordo. E, finalmente o Conselho adoptará uma posição final.

atualizado às 16.07

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