António Costa desdramatiza greve e confirma serviços mínimos
"Temos de nos habituar a viver normalmente" e isso implica que "haja contestação social", afirmou o primeiro-ministro esta noite na SIC, negando também que haja, no seu entender, uma relação entre a aproximação de autárquicas e a convocação de mais paralisações.
A propósito da greve dos professores marcada para dia 21 - dia de exames no ensino secundário - confirmou que o Governo acionará os serviços mínimos (tal como o DN noticiou hoje).
Sobre as negociações do próximo Orçamento do Estado afirmou, quanto aos escalões do IRS, que o que poderá haver é um "desdobramento" entre o primeiro escalão (rendimentos até 7100 euros) e o segundo escalão (até aos 20 mil). Recusou dar mais pormenores porque as conversas com o BE, PCP e PEV estão longe de estarem terminadas - aliás, segundo o primeiro-ministro, só haverá um acordo final quando o OE for entregue no Parlamento (15 de outubro).
Costa afirmou-se ainda confiante de que a negociação do OE será "mais fácil" porque já há entre os partidos da maioria de esquerda a experiência de dois orçamentos. Segundo garantiu, a confiança entre parceiros "tem-se vindo a reforçar".
Negou, por outro lado, que esteja a haver cortes nas despesas do SNS - o que está a haver, insistiu, é "substituição de despesa", fazendo contratações permanentes para profissionais que antes eram contratados à tarefa.
Quanto às pensões, voltou a confirmar que não há possibilidade de reformados com carreiras longas não serem pelo menos parcialmente penalizados se anteciparem a reforma.