Ana Gomes entra na corrida à Presidência da República

A ex-eurodeputada vai apresentar oficialmente a sua candidatura à Presidência da República já nesta quinta-feira, na Casa de Imprensa, em Lisboa.
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Ana Gomes, de 66 anos, é candidata às eleições presidenciais, que vão realizar-se em janeiro de 2021. A notícia foi avançada pelo jornal Público e já confirmada pela própria ao DN.

A ex-eurodeputada vai fazer a apresentação oficial da sua candidatura já nesta quinta-feira, às 16.00, na Casa de Imprensa, em Lisboa.

"Serei candidata", disse ao Público a ex-eurodeputada. No domingo, durante o seu espaço de comentário na SIC Notícias, disse que estava no final da reflexão sobre uma possível candidatura à Presidência da República.

"Estava a fazer essa reflexão em conjunto com o meu marido, quando ele adoeceu e faleceu. Eu tive de continuar a fazer essa reflexão noutras condições, sozinha. O que posso dizer é que estou a chegar ao fim e, em breve, comunicarei o resultado dessa minha reflexão", afirmou Ana Gomes, referindo-se ao embaixador António Franco, que morreu em julho.

Ao ser questionada sobre se a candidatura de Marisa Matias, do Bloco de Esquerda, que vai ser oficializada nesta quarta-feira, colocaria a sua em causa, Ana Gomes respondeu: "De maneira nenhuma, acho que a Marisa Matias é uma excelente candidata."

Já no início de junho, quando questionada sobre a existência da Plataforma Cívica de Apoio à Candidatura de Ana Gomes à Presidência da República, a antiga eurodeputada afirmou: "A minha reflexão é, sobretudo, na base de ouvir pessoas que muito estimo, que muito prezo, e não propriamente na base de iniciativas que estão a ser tomadas por algumas pessoas. Não tenho nada contra, não tenho nada a favor, não tenho nenhuma ligação, não impulsionei isso."

Em maio, Ana Gomes admitiu ser "muito preocupante para a democracia" o quase anúncio da recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa, feito pelo primeiro-ministro António Costa durante uma visita à Autoeuropa. "Fico muito preocupada pelo meu partido e pela democracia", disse a antiga eurodeputada.

"A situação não é igual ao dia anterior a este vaudeville que nos encenaram", afirmou a socialista no seu espaço de comentário na SIC Notícias, numa referência às palavras do primeiro-ministro, que, numa visita à fábrica da Autoeuropa, lançou a recandidatura de Marcelo à Presidência, dando Marcelo não só como recandidato, mas já como reeleito. "O que se passou é tão grave, tem tantas implicações para a democracia, que fico preocupada", criticou Ana Gomes.

A socialista junta-se a Marisa Matias, do Bloco de Esquerda, que já tinha sido candidata em 2016 - ficou em terceiro lugar com 10% dos votos -, ao advogado Tiago Mayan Gonçalves, que tem o apoio da Iniciativa Libera, partido do qual é membro fundador, e a André Ventura, do Chega. Já Marcelo Rebelo de Sousa ainda não fez saber se vai recandidatar-se à Presidência da República. A decisão deverá ser conhecida em novembro.

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