Amarelo e cinza, as cores que vão encher 2021

Estas são as cores que a Pantone - especialista em cor - elegeu como as mais promissoras para o ano que agora começa.
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Amarelo e cinzento, mas não um amarelo e um cinzento quaisquer. Antes, Iluminador e Derradeiro cinza, "duas cores independentes que mostram como diferentes elementos se juntam para se apoiar". É esse, diz a Pantone, o espírito da cor do ano de 2021 - aquela que se segue a um ano dominado pela covid-19.

"Prática e sólida mas ao mesmo tempo calorosa e otimista". É assim que Pantone olha para a união das cores que vão aparecer nos catálogos da Pantone. Os seus nomes oficiais são 17-5104 (o amarelo iluminador) e Pantone e 13-0647 (o derradeiro cinza).

No duo de cores de 2020 (apenas a segunda vez na história da Cor do Ano que são escolhidos dois tons), a Pantone une a luz do amarelo os elementos da natureza com este cinzento que lembra seixos e, através deles, a passagem do tempo. São resistência e resiliência.

A mensagem da consultora de cor está cheia de palavras fortes, "essenciais para o espírito humano": força, positividade, atenção, amigável, esperança e felicidade.

Influenciada e influente, a Pantone trabalha há mais de duas décadas para desenvolver os tons que depois chegam à indústria - qualquer indústria, desde que use cor, da roupa à casa, dos carros ao material de escritório, das embalagens ao design gráfico.

É à pintura, design, moda e todo o tipo de experimentação artística que a Pantone vai buscar o combustível para encontrar as cores do ano - desde 2010 que a seleção acontece. "Indústria de entretenimento e filmes, todas as áreas do design, destinos de viagem, estilos de vida e condições socio-económicas", segundo a companhia .

No caso das cores pandémicas que veremos em 2021, o amarelo vibrante lembra o trabalho do designer Stefan Sagmeister, autor da exposição "The Happy Show", que passou pelo MAAT - Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, em Lisboa, em 2018 e nasceu há meia década. Nela, o artista também associa amarelo e felicidade.

É impossível, ao ver esta combinação, não lembrar a imagem viral da obra "Comedian" do artista italiano Maurizio Cattelan - aquela famosa banana presa à parede com fita cinzenta, apresentada na Art Basel Miami, em 2019, e vendida por 108 mil euros. Como escreve o site Artnews, olhando retrospetivamente, "a escultura de Cattelan parece Nero cantando enquanto Roma arde, o gesto de uma sociedade decadente que futuros historiadores vão citar como estando à beira do precipício.

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