Alunos arriscam ficar sem lugares nas escolas
Os alunos que queiram inscrever-se numa nova escola podem ficar sem lugar por ainda não terem as notas atribuídas. O presidente da Associação Nacional dos Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas deixa o alerta sobre os atrasos nas matrículas no Público de hoje, um problema que colocou com a greve dos professores às avaliações, que terminou na sexta-feira.
O processo de renovação de matrículas não poder ser concluído enquanto os alunos não tiveram as notas dos seus professores atribuídas. Em muitos casos de mudanças de escolas ou inscrições em novos ciclos, as matrículas estão a ser feitas "de forma condicional", noticia o Público, por não se saber se esses alunos transitam ou chumbam de ano.
"O problema é que escolas para onde os alunos pretendam mudar não têm conhecimento desta situação e podem fechar a constituição de turmas sem contar com eles", avisa Filinto Lima, da ANDAEP. O diretor pede orientações ao Ministério da Educação sobre os procedimentos a adoptar, para que "não sejam deixados ao livre arbítrio das escolas" e os alunos não sejam prejudicados.
Uma das soluções apontadas por Filinto Lima é alterar os prazos para a conclusão das matrículas, "de modo a que as pessoas possam partir de férias sem ficar com a vida dependente de mais esta confusão". Mas a situação vai depender muito do que acontecer na próxima semana e da adesão que o novo Sindicato de Todos dos Professores (STOP), o único que mantém a greve às avaliações, conseguir no seu protesto.
O STOP informou esta sexta-feira que já há mais de cem escolas onde parte ou a totalidade dos professores continuarão sem fazer reuniões de avaliação. "E sabemos que muitas outras escolas estarão a reunir hoje ou no início da próxima semana para decidir sobre a continuidade da greve e em que moldes (há escolas, por exemplo, onde os colegas decidiram focalizar a greve nos anos terminais)".