Alemanha impõe mais restrições face ao aumento de contágios

As autoridades de saúde alemãs registaram 12 332 novas infeções nas últimas 24 horas e mais 147 mortes.
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A Alemanha está longe da "mudança de tendência esperada" no índice de novos casos pela covid-19, alertou o governo federal, que na segunda-feira pediu aos estados para que aumentem, se necessário, as restrições por causa da proximidade com o Natal.

O número de novos casos "não diminui tanto quanto esperávamos" e aumentou até em alguns lugares, informou o porta-voz do governo, Steffen Seibert, preocupado, já que a Alemanha está "longe da mudança de tendência esperada".

O governo aplaudiu as novas medidas anunciadas no domingo na Baviera, que irá impor o recolher obrigatório nas áreas mais afetadas. No estado federal da Saxónia (leste), que lidera os números de casos, também deverão ser anunciadas novas restrições.

As autoridades de saúde alemãs registaram 12 332 novas infeções pelo SARS-CoV-2 nas últimas 24 horas, quase 1200 a mais do que há uma semana, mas menos cerca de 5500 do que no domingo, divulgou o Instituto Robert Koch (RKI).

O número de casos positivos desde o anúncio do primeiro contágio no país, no final de janeiro, é de 1 183 654, com 18 919 óbitos, tendo ocorrido 147 nas últimas 24 horas.

Após vários encontros nas últimas semanas com os líderes dos estados federais, a chanceler alemã Angela Merkel estava impaciente por não poder aplicar medidas mais rígidas devido à falta de entendimento com as regiões, que administram as questões de saúde.

"É evidente e necessário que cada estado pense nas medidas que pode tomar para conter os novos casos", disse Seibert, que qualificou as novas medidas aprovadas pela Baviera como "boas e justas".

A partir de quarta-feira, a região vai introduzir o recolher obrigatório local e fechar parcialmente as escolas. Desde novembro, bares, restaurantes, instalações desportivas e espaços culturais estão fechados e as reuniões públicas e privadas são limitadas, enquanto as escolas e lojas permaneceram abertas.

Essas restrições permanecem em vigor até 10 de janeiro, reduzidas para as reuniões de Natal e Ano Novo.

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