Ahmadinejad diz que Chávez morreu de doença suspeita

Os presidentes da Rússia e do Irão reagiram esta manhã à notícia da morte do líder venezuelano lembrando Hugo Chávez como um "líder extraordinário" e "um protetor dos valores revolucionários".
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"Era um homem fora do comum e forte, que olhava para o futuro e que era sempre extremamente exigente consigo próprio", disse Vladimir Putin, num telegrama de condolências em que agradece a Hugo Chávez por contribuir para construir as "bases sólidas" das relações entre a Rússia e a Venezuela.

O chefe do Estado russo sublinhou que "o estoicismo e a energia vital que caracterizam os venezuelanos permitirão superar esta prova e continuar a nobre causa da criação de uma República Bolivariana de Venezuela forte, independente e próspera", conclui a nota da Presidência russa, hoje citada pelas agências internacionais.

Já Mahmud Ahmadinejad fez saber numa carta de condolências publicada no site da presidência iraniana que Chávez "é na realidade um mártir por ter servido o seu povo e protegido os valores humanos e revolucionários". O Presidente do Irão, que tinha no homólogo iraniano um dos seus poucos aliados na América Latina e a nível mundial, tratando Chávez por "irmão", afirmou ainda que o líder venezuelano "sucumbiu a uma doença suspeita".

Ontem, Nicolas Maduro, vice-presidente da Venezuela, pressentido como o sucessor de Chávez, acusou laboratórios e conspiradores estrangeiros de estarem na origem do cancro de Chávez. No passado, já o próprio Presidente venezuelano tinha insinuado que os Estados Unidos desenvolveram uma tecnologia para provocar cancro nos líderes da América Latina.

"Não seria estranho se eles tiverem desenvolvido uma tecnologia para induzir cancro e que ninguém saiba disso até agora... Não sei. Estou apenas a reflectir Mas é muito, muito, muito estranho", disse, num discurso numa base militar, em dezembro de 2011, alguns meses depois de lhe ter sido diagnosticada a doença.

Além de Chávez, vários outros dirigentes latino-americanos admitiram sofrer da doença: Cristina Kirchner, Presidente da Argentina, Lula da Silva e Dilma Rousseff, ex-presidente e atual Presidente do Brasil, Fernando Lugo, ex-presidente do Paraguai.

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