Agressão no Porto: PCP quer apurar responsabilidade da PSP
PS e PCP querem ver aprovados votos de condenação pela agressão que foi vítima a cidadã Nicol Quinayas no Porto, na noite de São João, com os comunistas a pedirem apuramento de responsabilidades e que estes atos não fiquem impunes.
De acordo com os dois textos já publicados no site do Parlamento, que serão votados esta sexta-feira, o PS pede a "condenação pela discriminação e agressão por racismo a Nicol Quinayas no Porto", enquanto que o PCP defende a "condenação das agressões e insultos racistas de que foi vítima a cidadã Nicol Quinayas".
A diferença não está apenas no título de cada voto: a bancada socialista, num texto assinado pelas deputadas Gabriela Canavilhas e Elza Pais, limita-se a princípios gerais em que a Assembleia da República "repudia veementemente qualquer sinal de discriminação racial e condena vivamente o ato de violência cometido contra a jovem", recordando que o Parlamento é representativo "de um país de referência no acolhimento de migrantes, da inclusão e da valorização da interculturalidade".
Já o PCP vai mais longe e defende que, para além da condenação "com veemência" dos "insultos e agressões de caráter racista e xenófobo de que foi vítima a cidadã Nicol Quinaya", "todas as autoridades públicas" tenham "uma atuação conducente a evitar que tais atos permaneçam impunes".
Os comunistas exigem "o apuramento de responsabilidades pela ausência de intervenção da PSP perante esta grave ocorrência" e apelam "ao sentido de responsabilidade de todas as entidades públicas e privadas na prevenção de quaisquer atos de discriminação racista e xenófoba e na responsabilização dos seus autores".
Nicol Quinayas, de 21 anos, alega ter sido violentamente agredida e insultada na madrugada de 24 de junho, no Porto, por um segurança da empresa 2045 a exercer funções de fiscalização para a empresa STCP, conforme noticiou o DN.