Advogados de Sócrates pedem arquivamento de processo

Advogados de antigo-primeiro queixam-se de "prazos ilegais" e prorrogações "concedidas arbitrariamente" em comunicado divulgado ao final de quarta-feira para assinalar quatro anos da investigação.
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Para João Araújo e Pedro Delille, ao completarem-se a 19 de julho "4 anos desde que foi, apenas formalmente, aberto o inquérito" da denominada Operação Marquês, verificou-se "o esgotamento do prazo legal máximo" para a sua duração, a que se seguiram a fixação de "prazos ilegais" através de "7 prorrogações concedidas arbitrariamente e infundadamente pela Senhora Procuradora-Geral da República ao Ministério Público".

Os advogados de José Sócrates escreve que este, "em espetáculo gulosamente encenado", foi preso "e assim ficou por quase 12 meses, a que somam, até hoje, outros 36 meses de libertação de liberdade". Aqueles queixam-se que "não chegou este tempo todo para o acusar - porque, na realidade, esses indícios não existem e nunca existiram".

No comunicado enviado aos órgãos de informação, João Araújo e Pedro Delille pedem ao Ministério Público que "extraia da lôbrega aventura a única conclusão que a Lei sustenta e o Direito impõe: arquivar o malfadado inquérito."

Considerando estar-se perante um "processo inapresentável, deliberadamente inflacionado por milhões de documentos, para criar a convicção que aquela montanha significa a culpa dos arguidos", estando-se perante "a tentação de julgar um governo e de condenar o regime democrático" e "não a tentativa de julgar um cidadão", que escrevem ainda ser vítima de uma "exibição arrogante da força" e não do "império da Lei" e do "respeito pela Constituição".

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