Adiada primeira sessão do julgamento de jornalistas do Sol contra Isaltino Morais
Segundo a fonte "uma questão processual" motivou o adiamento da primeira e segunda sessões para 16 e 30 de Setembro. O presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, está acusado de quatro crimes de difamação agravada, na sequência de uma queixa apresentada por jornalistas do semanário "Sol" após declarações do autarca que consideraram ofensivas.
O diferendo entre o autarca de Oeiras e o "Sol" desenrolou-se com a manchete da primeira edição do semanário, que dava conta da apreensão pelo Ministério Público (MP) da vivenda de férias de Isaltino Morais em Alagoa, Castro Marim, Algarve, para evitar que fosse vendida. Citando a acusação do processo Isaltino Morais, o semanário referia que terá sido "oferecida pelo empresário João Algarvio" ao autarca e antigo ministro do Ambiente em alegada troca pela autorização de aumento da área de construção de um edifício em Oeiras.
O autarca reagiu à manchete do semanário com declarações a vários órgãos de comunicação social dizendo que o jornal era "um pasquim" que queria levar o então líder do PSD, Marques Mendes, a primeiro-ministro, entre elas uma à Rádio Renascença (RR), a 16 de setembro de 2006, em que, referindo-se a jornalistas do "Sol", afirmou: "Toda a gente sabe que aquela gente é paga pelo doutor Marques Mendes. É gente que foi paga por ele durante muitos anos".
Segundo fonte ligada ao processo os quatro assistentes do processo - José António Lima, José António Saraiva, Luís Rosas e Graça Rosendo - pedem uma indemnização de 250 mil euros cada um. O processo decorre no 4º juízo, 3ª secção, do tribunal Criminal de Lisboa, no Campus de Justiça, Parque das Nações, em Lisboa.