Académica de Coimbra rejeita participar na ProLiga
A direção da Secção de Basquetebol tinha exprimido a sua vontade "em participar na próxima época na ProLiga" e apresentou um plano desportivo e orçamental à DG/AAC, que foi "rejeitado unanimemente", contou Daniel Nunes, vice-presidente da AAC, frisando que a participação da equipa na "ProLiga traria custos e riscos", que poderiam levar a um aumento da sua dívida e a "pôr em causa todo o equilíbrio" da AAC.
O dirigente estudantil salientou que a secção de basquetebol "tem uma dívida apurada que está perto dos 200 mil euros", podendo haver ainda mais por apurar.
Face a essa situação, a direção-geral apresentou uma queixa ao Conselho Fiscal na quinta-feira, para se averiguar se "houve ou não gestão danosa" entre 2010 e 2013, avançou.
Caso tal se confirme, a AAC poderá recorrer a tribunal, disse à agência Lusa Daniel Nunes, destacando que a direção atual, presidida por João Bigotte, "não tem culpa".
O também membro da AAC indigitado para a direção daquela secção desportiva salientou ainda que a direção-geral pretende que "a formação continue" e que esta decisão não inviabiliza a existência das camadas jovens na secção de basquetebol.
O valor da dívida da secção corre "sempre o risco de ser alterado", estando a AAC a tentar apurar o valor total da dívida da secção, explanou o administrador da AAC, Jonathan Torres.
Para salvaguardar a academia de situações semelhantes, a AAC está a criar "mecanismos de supervisão e de controlo" sobre as atividades de todas as secções e estruturas da casa, referiu o dirigente.
A Secção de Basquetebol abandonou o primeiro escalão sénior nacional de basquetebol em novembro, devido à sua situação financeira, não tendo suspendido a atividade nos escalões de formação.