A ovelha negra da Cimeira respondeu às críticas

<strong> </strong>Líder do Zimbabwe acusa europeus de quererem impor a sua vontade.<br />
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Indesejado na cimeira , convidado imposto pelos líderes africanos, o líder do Zimbabwe, Robert Mugabe, respondeu ontem às críticas que foram dirigidas, na véspera, ao seu regime. A chanceler alemã foi quem falou mais duro e disse que o actual regime zimbabwiano está a prejudicar a imagem de África .

"O bando dos quatro pró-Gordon Brown [Alemanha, Suécia, Dinamarca e Holanda] pensam realmente que conhecem melhor que o Zimbabwe ou que os outros africanos [a situação dos direitos humanos]. É este tipo de arrogância e de complexo de superioridade [europeia] que nós combatemos".

Mugabe, no poder há 27 anos, referiu-se aos líderes daqueles quatro países europeus como porta-vozes do primeiro-ministro britânico, que boicotou a cimeira UE- África em protesto com a presença de um ditador que permite violações sistemáticas dos direitos do seu povo.

Apesar da ausência , o Governo britânico apoiou a iniciativa da presidência portuguesa da UE, por reconhecer a urgência de um novo tipo de parceria com os africanos. Mas além de Brown, outros líderes europeus faltaram, enviando ministros ou outro tipo de representantes.

Numa altura em que todos falam de um nova espírito de entendimento entre os dois continentes, as diferenças sobre o Zimbabwe persistem, com Merkel a ser aplaudida pelos europeus e criticada pelos africanos. "O Zimbabwe não fazia parte da ordem de trabalhos para esta cimeira ", declarou, à imprensa, o secretário-geral da SADC, Tomaz Salomão.

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