Mais 13 mortes e 173 novos casos. Mas também há mais 1794 recuperados
Em Portugal, nas últimas 24 horas, morreram mais 13 pessoas e foram confirmados mais 173 casos de covid-19, representando uma subida de 0,6% em relação a domingo. Em comparação com os dados de ontem, em que se registavam 1.218 mortes, hoje constatou-se um aumento de óbitos de 1,1%.
Mas o que salta à vista é o número de recuperados: mais 1794, um número que bate o recorde de domingo, quando eram mais 814 os que já tinham recuperado da doença. É um aumento de 38,7% em relação ao dia de ontem.
Segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS), desta segunda-feira (18 de maio), no total, há agora no país 29 209 infetados, 6430 recuperados (mais 206) e 1231 vítimas mortais.
O total de casos suspeitos desde o início da pandemia é de 295449 e o total de casos não confirmados ascende a 263980. Há ainda 2260 pessoas à espera de resultado laboratorial após testes de covid-19.
O boletim indica ainda que existem 25 360 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.
Na conferência de imprensa diária da Direção-Geral da Saúde, Graça Freitas disse que a estatística sobre os doentes que recuperaram a doeça "não está trabalhada"
"Quem são os doentes recuperados? Está na altura de melhorar a informação. As instituições estão a reportar mais, mas a estatística não está trabalhada. Toda a informação sobre a epidemia só se conseguirá saber no final da epidemia", disse a diretora-geral da Saúde.
A saber está, por exemplo, qual será o tempo de recuperação de cada doente.
A região Norte é a que regista o maior número de mortes (698), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (279), do Centro (223), do Algarve (15), dos Açores (15) e do Alentejo, que regista um caso, adianta o relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24:00 de sábado, mantendo-se a Região Autónoma da Madeira sem registo de óbitos.
Segundo os dados da Direção-Geral da Saúde, 633 vítimas mortais são mulheres e 598 são homens.
Das mortes registadas, 824 tinham mais de 80 anos, 242 tinham entre os 70 e os 79 anos, 111 tinham entre os 60 e 69 anos, 40 entre 50 e 59, 13 entre os 40 e os 49 e um dos doentes tinha entre 20 e 29 anos.
A caracterização clínica dos casos confirmados indica que 628 doentes estão internados em hospitais, menos 29 do que no domingo (-4,4%), e 105 estão em Unidades de Cuidados Intensivos, menos três (-2,8%).
A recuperar em casa estão 20.920 pessoas.
Os dados da DGS precisam que o concelho de Lisboa é o que regista o maior número de casos de infeção pelo novo coronavírus (1.962), seguido por Vila Nova de Gaia (1.485), Porto (1.318) Matosinhos (1.236), Braga (1.154) e Gondomar (1.053).
Desde o dia 01 de janeiro, registaram-se 295.449 casos suspeitos, dos quais 2.260 aguardam resultado dos testes.
A região Norte continua a registar o maior número de infeções, totalizando 16.396, seguida pela região de Lisboa e Vale do Tejo, com 8.361, da região Centro, com 3.628, do Algarve (356) e do Alentejo (243).
Os Açores registam 135 casos de covid-19 e a Madeira contabiliza 90 casos confirmados, de acordo com o boletim hoje divulgado.
A DGS regista também 25.360 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.
Do total de infetados, 17.095 são mulheres e 12.114 homens.
A faixa etária mais afetada pela doença é a dos 50 aos 59 anos (4.942), seguida da faixa dos 40 aos 49 anos (4.907) e das pessoas com mais de 80 anos (4.351 casos).
Há ainda 4.263 doentes com idades entre 30 e 39 anos, 3.627 entre os 20 e os 29 anos, 3.250 entre os 60 e 69 anos e 2.419 com idades entre 70 e 79 anos.
A DGS regista também 528 casos de crianças até aos nove anos e 922 de jovens com idades entre os 10 e os 19 anos.
Segundo o relatório diário da situação epidemiológica em Portugal, 177 casos resultam da importação do vírus de Espanha, 137 de França e 88 do Reino Unido. Há ainda centenas de casos importados de dezenas de outros países.
De acordo com a DGS, 41% dos doentes positivos ao novo coronavírus apresentam como sintomas tosse, 29% febre, 21% dores musculares, 20% cefaleia, 15% fraqueza generalizada e 12% dificuldade respiratória. Esta informação refere-se a 89% dos casos confirmados.
A pandemia de covid-19, que teve origem na China, já provocou mais de 315.000 mortos e infetou mais de 4,7 milhões de pessoas.
Mais de 1,7 milhões de doentes foram considerados curados pelas autoridades de saúde.
E se o vírus não se espalha através de objetos e superfícies artificiais? Segundo um relatório da Organização Mundial da Saúde, depois de vários testes levados a cabo por laboratórios ao vírus SARS-CoV-2, não se encontraram "evidências conclusivas" de que o novo coronavírus possa espalhar-se através do contacto com uma superfície artifical contaminada.
"No momento da publicação deste relatório, o contágio com uma superfície ambiental contaminada não estava conclusivamente relacionado, de acordo com os estudos disponíveis", sublinha o relatório mais recente da OMS citado pelo jornal El Mundo, concluindo: "A doença da Covid-19 é transmitida principalmente por contacto físico e por partículas respiratórias."
A Organização Mundial da Saúde explicou ainda que os resultados do outro relatório, que mencionava que o vírus poderia sobreviver até sete dias numa superfície, foi elaborado com base em testes realizados em laboratório e por isso "longe das condições do mundo real".
Na conferência de imprensa, a Diretora-Geral da Saúde diz que a "OMS continua a recomendar a desinfeção de superfícies", mas que esta pode ser uma boa notícia.
"A transmissão do vírus é mais difícil do que o que se pensava através de corrimãos ou maçanetas das portas. A desinfenção e limpeza dessas superfíceis continuam a ser recomendadas pela OMS. É uma boa notícia, porque permitirá um regresso à normalidade mais à-vontade", frisou Graça Freitas.
Hoje, regressaram às escolas secundárias - 11º e 12º anos - e às creches milhares de alunos e crianças. Um regresso marcado por regras de segurança e higiene redobradas, mas também ansiedade por parte de pais e profissionais de ensino. Certo é que voltar já não será o que foi até há dois meses, quando o vírus assolou o país.
"Vai ser obviamente uma escola diferente esta que vamos ter no final do 3.º período", confirma António Costa. Com máscara postas a toda a hora, com certeza. Para as creches, com muito distanciamento.