"É muito importante, particularmente em momento de profunda crise e tendência depressiva, criar condições para dar uma ideia de normalidade na vida dos cidadãos, especialmente na altura do Natal que é quando mais se vai sentir", disse hoje o presidente da câmara de Matosinhos durante a reunião desta tarde, admitindo ser "a favor" de a autarquia poder despender uma verba para "apontamentos sobre o espírito da época"..Guilherme Pinto considera que quem este ano cortar com as iluminações de Natal irá dar um sinal de que "acha que o país deve estar completamente deprimido". "Eu acho que é importante a animação que se verifica no Natal, para os comerciantes, população e mesmo cidadãos que vão ter tantas dificuldades", defendeu..A autarquia irá porém reduzir em 23 por cento a verba destinada a iluminação de Natal, destinando apenas 140 mil euros para essa finalidade.."A câmara não pode canalizar este dinheiro para o reforço à ajuda das pessoas. Se o pudesse fazer, com certeza", garantiu o autarca quando questionado pela oposição sobre o facto de Matosinhos ser das "câmaras que tem a maior despesa no Natal"..Guilherme Pinto lembrou como a câmara "dá ajuda a 550 famílias com 100 euros para apoio a rendas" não sendo possível "transferir dinheiro diretamente para as pessoas, tirando esta política de arrendamento".."Quando os cidadãos andarem mais deprimidos, quando olharem para os bolsos vazios, é muito importante olharem para a cidade e perceberem que é Natal", disse.