1175 mortes e 28 132 casos de covid-19 em Portugal. Mais 219 infetados em 24 horas

O país registou ainda, no último dia, mais 12 vítimas mortais por causa do novo coronavírus, segundo o boletim da DGS. Internados continuam a diminuir e recuperados a aumentar.
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Em Portugal, nas últimas 24 horas, morreram mais 12 pessoas e foram confirmados mais 219 casos de covid-19 (um crescimento de 0,8% em relação a ontem). Segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS), desta quarta-feira (13 de maio), há agora no país 28132 infetados, 3182 recuperados e 1175 vítimas mortais.

Estão internados 692 doentes (menos 17 que ontem), destes 103 encontram-se nos cuidados intensivos (menos dez). Já o número de recuperados continua a aumentar. No último dia, foram dados como curadas mais 169 pessoas.

A taxa de letalidade global do país permanece de 4,2%, aumentando para 15,3% na faixa etária acima dos 70 anos. Dos 1175 óbitos, 48,8% são homens e 51,2% mulheres.

O boletim da DGS indica ainda que aguardam resultados laboratoriais 2686 pessoas e estão em vigilância pelas autoridades de saúde mais de 26 mil. O sintoma mais comum entre os infetados é a tosse (que afeta 42% dos doentes), seguida da febre (30%) e de dores musculares (21%).

Entre os infetados, estão 3183 profissionais de saúde, 658 dos quais já recuperados, atualizou o secretário de estado da saúde, António Lacerda Sales. São 477 médicos, 838 enfermeiros, 774 assistentes operacionais, 152 assistentes técnicos e 107 técnicos de diagnóstico e terapêutica.

O governante fez também um balanço do número de testes de despiste da covid-19 realizados em Portugal desde o dia 1 de março: 566 mil. Durante o mês de maio, em média, por dia foram efetuados mais de 11 mil exames. Um aumento na capacidade de testagem do país, na altura em que se começam a aliviar algumas medidas de contenção relacionadas com a pandemia. Também nos estabelecimentos prisionais a capacidade de testagem deverá se maior nos próximos dias. Agora são feitos 250 análises por dia, mas deverão passar a ser 450, de acordo com o secretário de estado.

Lisboa é a região com mais casos em 24 horas. Norte a que tem mais mortes

Dos 219 infetados notificados no último dia, 153 têm residência na região de Lisboa e Vale do Tejo. Nesta zona morreram também três das 12 vítimas mortais declaradas hoje. No total, Lisboa tem agora 7647 casos e 257 óbitos.

Mas foi no Norte (a zona mais afetada pelo vírus desde o início do surto), que se registaram mais mortes, nas últimas 24 horas. São sete óbitos (do total de 12) e 59 casos. A região tem agora 16112 infetados e 667 vítimas mortais.

No Centro morreram mais duas pessoas (e foram notificados mais seis casos). No Alentejo, surgiram mais sete casos, no Sul mais um. Já nos arquipélagos dos Açores e da Madeira não houve qualquer alteração da situação epidemiológica, nas últimas horas.

A nível municipal Lisboa continua a ser o concelho do país com maior número de casos (1 811, mais 20 que no dia anterior). Seguem-se Vila Nova de Gaia (1 461, mais três) e o Porto (1 306 mais dois), de acordo com os dados do sistema Sinave, que correspondem a 89% do número total de notificações.

Inquérito serológico nacional começa na próxima semana

Durante a conferência de imprensa, António Lacerda Sales anunciou que o estudo sobre a imunidade ao novo coronavírus terá início na próxima semana. O inquérito da responsabilidade do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, em articulação com a DGS, laboratórios e hospitais da rede nacional, tem como objetivo saber que parte da população já foi infetada pelo vírus.

O secretário de estado da saúde informou ainda que já foram contactados os 17 hospitais portugueses e os laboratórios onde serão efetuadas os exames ao sangue e analisados os respetivos resultados. Quanto aos materiais e às folhas de recolha de dados, estes "serão entregues em todos os locais até ao início da próxima semana, após o que se iniciará a recolha das análises de sangue e a recolha de dados".

Os sapatos ficam à porta e na sala entram menos crianças. As regras da DGS para as creches

Chegam à hora estipulada para a sua sala, são acompanhados pelos funcionários e educadores até ao espaço onde ficam - arejado, desinfetado e onde estarão menos crianças. Os sapatos ficaram à porta, quanto muito na sala está outro pare que fica na instituição, e não trazem brinquedos seus. À hora da sesta, cada um tem o seu colchão, o mais afastado possível do dos outros colegas, e no refeitório têm o seu lugar marcado. Os adultos (educadores e funcionários), que andam de máscara, ficam com a responsabilidade de fazer cumprir ao máximo estas normas.

As orientações constam de um documento elaborado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e publicado esta quarta-feira, onde estão estipuladas as medidas de prevenção e controlo a adotar nas instituições para crianças até aos três anos durante a pandemia da covid-19. O documento, que não inclui, por exemplo o distanciamento social de 1,5 a dois metros entre as crianças (criticado durante o fim de semana, na sequência de uma conferência de imprensa) refere que as normas foram discutidas com os parceiros do setor.

"As recomendações para as creches tiveram como base indicações internacionais e foram elaboradas em conjunto por várias entidades", apontou a diretora-geral da Saúde, em conferência de imprensa. "Tentámos conciliar o melhor de dois mundos. As crianças vão brincar, como é obvio. Mas estamos a entrar num novo tipo de normalidade. Há relações e afetos, mas com regras".

As creches reabrem já na próxima segunda-feira (18 de maio), mas, apesar das garantias das autoridades de saúde, há vários educadores que consideram não estar reunidas as condições para o regresso dos mais novos às salas de aulas. Por isso, estão a recorrer ao apoio legal para apresentar declarações de exclusão de responsabilidade na eventualidade de ser registado um caso de contágio de uma criança no seu local de trabalho.

Mais de 4,3 milhões de casos no mundo

O novo coronavírus já infetou mais de 4,3 milhões de pessoas no mundo inteiro, até esta quarta-feira às 12:50, segundo dados oficiais. Há agora 1 619 317 recuperados e 293 782 mortes a registar.

Os Estados Unidos da América são o país com a maior concentração de casos (1 408 823) e de mortes (83 455). Em termos de número de infetados, seguem-se a Rússia (242 271), Espanha (228 691), o Reino Unido (226 463) e a Itália (221 216). Portugal surge em 23.º lugar nesta tabela.

Quanto aos óbitos, depois dos Estados Unidos, o Reino Unido é agora a nação com mais mortes declaradas (32 692). Seguem-se Itália (30 911) e Espanha (27 104 - mais 184 vítimas nas últimas 24 horas).

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