1º ciclo, livrarias, cabeleireiros e venda ao postigo. A abertura a "conta-gotas" do país
Um plano de reabertura progressivo, em quatro fases a "conta-gotas", como apelidou o primeiro-ministro.
"O que vai acontecer a partir de agora depende de todos nós, se mantivermos a disciplina individual, como o uso de máscara, a desinfeção das mãos, o distanciamento físico e o evitar de ajuntamentos. Se assim não for teremos que voltar para trás", explicou o primeiro-ministro (leias as quatro fases mais abaixo neste texto).
"É um programa conservador de forma a não corrermos riscos excessivos. O que significa sacrifícios acrescidos para as empresas, para quem vive do seu trabalho e para a economia nacional"
O primeiro-ministro indicou ainda que o "dever geral de recolhimento mantém-se até à Páscoa". Esse dever irá manter-se enquanto o país estiver em estado de emergência.
António Costa explicou que o programa de desconfinamento irá ser avaliada "a cada 15 dias, sendo que o "R" é calculado a cada dois dias", acrescentando que "se o risco de transmissão diminuir estaremos confortáveis com as medidas previstas e até com possibilidade de as alargar. Se a evolução da pandemia se degradar, com maior número de casos e serão tomadas medidas", sublinhou.
"Sempre que ultrapassarmos 120 casos por 100 mil habitantes ou que o nível de transmissibilidade (R) ultrapasse o 1, teremos de rever as medidas. O R atual é de 0,78."
Regras gerais a aplicar:
• Teletrabalho, sempre que possível;
• Horários de funcionamento:
21h durante a semana;
13h ao fim de semana e feriados ou 19h para retalho alimentar;
• Proibição de circulação entre concelhos em 20-21/03 e de 26/03 a 5/04 (Páscoa)
Medidas a partir da próxima 2ª feira, 15 de março, (1ª fase)
• Creches, pré-escolar e 1.º ciclo (e ATLs para as mesmas idades);
• Comércio ao postigo;
• Cabeleireiros, manicures e similares;
• Livrarias, comércio automóvel e mediação imobiliária;
• Bibliotecas e arquivos
A partir de 5 de abril (2ª fase), o que abre:
• 2.º e 3.º ciclos (e ATLs para as mesmas idades);
• Equipamentos sociais na área da deficiência;
• Museus, monumentos, palácios, galerias de arte e similares;
• Lojas até 200 m2 com porta para a rua;
• Feiras e mercados não alimentares (por decisão municipal);
• Esplanadas (máx. 4 pessoas);
• Modalidades desportivas de baixo risco;
• Atividade física ao ar livre até 4 pessoas e ginásios sem aulas de grupo.
A partir de 19 de abril (3ª fase), o que abre:
• Ensino secundário;
• Ensino superior;
• Cinemas, teatros, auditórios, salas de espetáculos;
• Lojas de cidadão com atendimento presencial por marcação;
• Todas as lojas e centros comerciais;
• Restaurantes, cafés e pastelarias (máx. 4 pessoas ou 6 em esplanadas) até às 22h ou 13h ao fim de semana e feriados;
• Modalidades desportivas de médio risco
• Atividade física ao ar livre até 6 pessoas e ginásios sem aulas de grupo;
• Eventos exteriores com diminuição de lotação;
• Casamentos e batizados com 25% de lotação.
3 de maio (4ª fase)
• Restaurantes, cafés e pastelarias (máx. 6 pessoas ou 10 em esplanadas) sem limite de horário;
• Todas as modalidades desportivas;
• Atividade física ao ar livre e ginásios;
• Grandes eventos exteriores e eventos interiores com diminuição de lotação;
• Casamentos e batizados com 50% de lotação.
Na conferência de imprensa o primeiro-ministro indicou que o plano não foi apresentado anteriormente "porque queríamos portugueses focados no confinamento"
"Entendemos que queríamos manter os portugueses focados no confinamento. Este é um passo relativamente modesto. Graças aos portugueses chegamos ao momento de olhar para o desconfinamento", indicou.
António Costa avançou que "no final deste mês teremos 80% dos maiores de 80 anos vacinados" explicando que a "produção mundial de vacinas tem sido inferior ao previsto, o que levou a um ajustamento no plano de vacinação, que está a ser cumprido. No final deste mês teremos 80% dos maiores de 80 anos vacinados. Continua a ser possível chegarmos ao final do verão com 70% da população vacinada"