Mais 1 816 casos de covid-19 e oito mortes nas últimas 24 horas

Boletim diário da DGS indica que há agora 424 pessoas internadas devido à covid-19. É o quinto dia consecutivo acima dos mil casos de infeção.
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Foram confirmados, em 24 horas, 1816 novos casos de covid-19 em Portugal, indica o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS). Desde 3 de setembro que não havia tantos casos a registar num só dia.

Há também a registar mais oito mortes devido à infeção por SARS-CoV-2, segundo o relatório divulgado este sábado.

Há agora 424 pessoas internadas nos hospitais portugueses (mais 13 do que na véspera) devido à doença. Deste total, 69 estão em cuidados intensivos (mais quatro do que no dia anterior) estão em unidades de cuidados intensivos.

Ao dia de hoje, Portugal soma mais 701 novos casos ativos da infeção, há mais 1107 recuperados da doença e dois mil casos em vigilância.

A região de Lisboa e Vale do Tejo continua a ser a mais massacrada pelos novos casos, com 669 e três mortos, seguida da do centro com 422 e também três óbitos. A do norte registou 394 novos casos de covid-19 e mais dois mortos, a do Alentejo mais 78 e a do Algarve 157, ambas sem mortos.

O arquipélago da Madeira tem mais 67 casos e a região autónoma dos Açores mais 67.

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde reforçou este sábado o apelo à vacinação dos idosos e assegurou que "todos os cenários estarão sempre aberto" quanto à necessidade de medidas para responder ao aumento de casos de covid-19.

"A nossa primeira preocupação é exatamente esta: vacinar, vacinar, vacinar, porque percebemos que é muito importante que as faixas mais vulneráveis da nossa população possam ser o mais rapidamente possível vacinadas, precisamente pelo aumento de casos que verificamos na Europa, em toda a Europa, portanto temos que defender a nossa população, temos que defender o nosso país", afirmou António Lacerda Sales.

A pandemia da covid-19 na Madeira "está monitorizada" e têm sido detetados surtos nas escolas, aguardando a região a autorização europeia para vacinar as crianças entre os seis e os 12 anos, disse este sábado o presidente do Governo Regional.

"A situação está toda monitorizada na Madeira", assegurou Miguel Albuquerque aos jornalistas, à margem da visita que efetuou às obras de canalização na Ribeira Grande, na freguesia de Santo António, nas zonas altas do concelho do Funchal.

O chefe do executivo madeirense de coligação PSD/CDS complementou que "os efeitos da pandemia, em termos de saúde pública, neste momento, na Madeira são mínimos".

O responsável salientou que está a ser efetuada uma testagem maciça, no decorrer da qual têm sido detetados casos de infeção por SAR-CoV-2 nas escolas da região.

"Estamos a constar que há um surto nas crianças entre os seis e os 12 anos, os efeitos também são menores, mas estamos à espera de uma autorização da Autoridade Europeia da Saúde para logo que isso acontecer vacinar", afirmou.

Albuquerque reafirmou que a "prioridade essencial é a vacinação, uma medida fundamental para conter os danos da pandemia", mencionando que têm sido identificados casos positivos em pessoas já com as duas doses da vacina, nas quais os "efeitos são mínimos".

Indicou que a Madeira tem "12 internados e poucas pessoas nos cuidados intensivos" no Hospital do Funchal e que estes casos de infeção "são com patologias associadas ou não vacinados".

Um tribunal federal norte-americano confirmou na sexta-feira a suspensão da vacinação obrigatória contra a covid-19 para funcionários de empresas com mais de 100 trabalhadores, suscitando dúvidas sobre a constitucionalidade da medida decretada por Biden.

De acordo com a agência France-Presse (AFP), os três juízes do tribunal de recurso de Nova Orleães consideraram que a exigência "excede em muito" a autoridade da administração, afirmando que ameaça "interferir substancialmente com a liberdade dos beneficiários relutantes (...), que devem escolher entre o emprego e a vacina".

A decisão surge depois de uma decisão semelhante, na semana passada.

A medida do Presidente norte-americano obriga milhões de trabalhadores a serem vacinados contra a covid-19 até 04 de janeiro, sob pena de serem submetidos a testes com frequência.

Apesar de ter sido anunciada em setembro, a medida só foi adotada pelo executivo na semana passada, tendo sido imediatamente contestada na justiça pelo estado do Texas, controlado por republicanos, que se opõem a qualquer obrigação de vacinação para lutar contra a pandemia.

A Rússia registou um novo recorde de mortes diárias pela covid-19, com 1.239 óbitos confirmados, segundo o centro operacional de luta contra o novo coronavírus, que assinalou também 39.256 novos contágios na sexta-feira.

Segundo a agência de notícias espanhola EFE, as maiores taxas de mortalidade verificaram-se em Moscovo (97 mortes), seguida de São Petersburgo (70) e da região de Moscovo (53).

O novo recorde de mortes diárias é o terceiro registado esta semana na Rússia, onde, de acordo com dados oficiais, desde o início da pandemia já morreram 254.167 pessoas de covid-19, embora as estatísticas oficiais sobre o excesso de mortes no mesmo período são quase o dobro.

As autoridades russas atribuem o forte aumento do número de mortes e de contágios à agressividade da variante delta, à falta de cumprimento rigoroso das regras sanitárias por parte de muitos cidadãos e, acima de tudo, à baixa taxa de vacinação no país.

Até ao momento, apenas cerca de 58 milhões de cidadãos têm a vacinação completa, o que faz com que a imunidade coletiva atinja somente 49% da população dos 80% que as autoridades pretendem.

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