O líder do Chega, André Ventura, classificou, este sábado, o "choque fiscal" prometido pelo PSD como "uma desilusão tremenda e tremenda quebra de confiança nos eleitores" e prometeu que o partido usará o seu "poder parlamentar" para chamar o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, "à comissão de Orçamento e Finanças, bem como a secretária de Estado dos Assuntos Fiscais, para explicar a descida de IRS para o próximo ano".."Joaquim Miranda Sarmento terá de explicar o que ontem explicou de forma evasiva", criticou o líder do Chega, afirmando que o PSD prometera "um choque fiscal de 1500 milhões de euros".."A direita apresentou-se nestas eleições com a promessa de quebrar o ciclo permanente de aumento de impostos face ao aumento brutal da carga fiscal", começou por dizer André Ventura aos jornalistas, na sede do Chega, lembrando que "em 2022" a carga fiscal era de "36,4% do PIB" e que "a previsão para 2024 era de 28% do PIB"..Face a estes números, André Ventura consderou que a "vitória" do Chega e do PSD nas últimas eleições "tinha um propósito: um choque fiscal", que agora, diz, não será cumprido, considerando o que o ministro das Finanças confirmou durante a entrevista que deu à RTP na sexta-feira.."É verdadeiramente incompreensível que a descida de 1500 milhões de euros [por via do IRS] não é mais do que uma concretização" do Orçamento do Estado do PS, acusou o líder do Chega, acrescentando que "a direita não pode compactuar com um orçamento que chumbou".