Helsínquia interior: uma crónica de José Luís Peixoto

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Passeio pelo centro de Helsínquia sem obrigação de estar a horas em qualquer lugar. Ninguém me espera, sou livre dos compromissos mais simples. Essa tranquilidade, adicionada a todos os corpos que passam sem olhar para mim, torna-me invisível. Como se me atravessassem, as pessoas não precisam de desviar-se, não dão qualquer sinal da minha presença. Com passos sucessivos, sem pressa, estendo o movimento longo da perna, sinto-me imaterial, como uma nuvem a pairar sobre os passeios do centro de Helsínquia. Sou feito sobretudo dos meus olhos. Apenas o frio repara em mim. O frio chama-me desde longe e, logo a […]

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