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Uma parte da equipa do Mercado da América Latina, com Cristina Valério na ponta direita

"São 14 países! A América Latina muda-se para o Estoril, nestes três dias"

Cristina Valério, coordenadora da Área Económica da Casa da América Latina, explica o que vai acontecer na FIARTIL. É a oitava edição do Mercado da América Latina, com boa gastronomia e muita música.
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Gastronomia diversificada e muita música. Quantos países vão participar neste Mercado da América Latina?

São 14 países! A América Latina muda-se para o Estoril, nestes três dias. Argentina, Brasil, Colômbia, Chile, Cuba, El Salvador, Equador, México, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela, são os países representados. Do acarajé brasileiro aos tacos mexicanos, entre um ceviche regado com pisco sour peruano, também pode acompanhar as deliciosas empanadas argentinas ou colombianas. Tequeños e arepas venezuelanas, parrilla paraguaia, margaritas mexicanas. Na arte e artesanato, joias de capim dourado ou de design pré-colombiano, sempre com música e dança, da salsa ao tango, do forro à cumbia.

Vêm chefes de fora e também músicos, ou são as comunidades em Portugal que se mobilizam para estar no Estoril?

Teremos de tudo. Há muito talento latino-americano em Portugal que se junta nesta ocasião especial e que lança aqui as suas novidades. E há sempre visitas: Isadora Melo, visita-nos desde Pernambuco, com frevo e forró e a Chef Yanci Carvajal, traz-nos la Pupuseria de El Salvador. Outro destaque é o Espaço Criança, pensado para os mais novos, ensinando as crianças portuguesas e as latino-americanas que vivem em Portugal como se brinca na América Latina. Na programação deste ano procurámos ainda estabelecer uma relação com a ancestralidade africana existente na cultura de muitos países da América Latina, sendo o candombe uruguaio, património imaterial da humanidade pela UNESCO, apresentando a Yacumenza Candombe Banda y La Caterva, um bom exemplo desse vínculo intercontinental, uma novidade desta edição.

O início é esta sexta-feira às 18.30. Qual o programa da primeira noite?

No primeiro dia de festa, sexta-feira, está confirmada a atuação da dupla Danza y son latinos, da Colômbia, que vai ensinar a dançar salsa e cumbia a todos, seguindo-se sons afro-peruanos pelo Grupo Takile, terminando a noite com os ritmos cubanos da dupla Oswaldo Pegudo e José Debray.

Espetáculo de encerramento no domingo celebra toda a América Latina. Sente que há nestes países, de língua espanhola e também de língua portuguesa no caso do Brasil, uma certa unidade cultural, apesar das diferenças nacionais?

Fechamos em alta, com os extraordinários La Tremenda Sonora, com o novo álbum cheio de energia salsera. Na sua diversidade, a América Latina traz-nos todos os matizes de alegria e cor, generosidade e calor humano, que une todos estes povos entre si e com Portugal.

É a oitava edição. Como surgiu a ideia?

Entre a Casa da América Latina e Câmara Municipal de Cascais identificamos a oportunidade de fazer algo para aproximar o empreendedorismo migrante e o publico português. Logo após a primeira experiência no Mercado da Vila, em Cascais, o potencial desta iniciativa surpreendeu todos e nunca parou de crescer. Gastronomia, artesanato e muita música – para dançar! – dá-nos acesso a toda a América Latina.

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Uma cochinita pibil 100% autêntica feita pela primeira vez em Portugal

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