O Morgado do Quintão, em Lagoa, no Algarve, pertence à mesma família há 300 anos
O Morgado do Quintão, em Lagoa, no Algarve, pertence à mesma família há 300 anosZavial Studios

Música e cultura voltam à oliveira centenária do Morgado do Quintão

Desde há vários anos que Filipe Caldas de Vasconcellos serve cultura com vinho na sua propriedade do Algarve. Uma festa aberta à comunidade, onde todos são convidados à partilha.
Publicado a
Atualizado a

Quando decidiu dar uma nova vida à propriedade da família, o antigo publicitário sabia que queria fazer mais do que recuperar os terrenos e apresentar vinhos cheios de identidade com a marca Morgado do Quintão. Desde 2022 que a tricentenária quinta abre as portas à comunidade para que as artes se misturem com a terra, em diversas modalidades que Filipe foi tentando aprimorar ao longo dos anos. Depois de ter tido Carminho, Bruno Pernadas ou Mário Laginha a tocar para os visitantes do Morgado do Quintão, este ano o evento toma a forma de uma Open House – Harvest Party, num evento que se quer “mais intimista, mais próximo, centrado na mesa, na música e na simplicidade dos momentos autênticos”.

No próximo sábado, 11 de outubro – sempre em outubro, depois de as vindimas terem terminado e as uvas se prepararem para dar corpo aos vinhos do próximo ano – o Morgado do Quintão abre as suas portas a partir das 19h para que os convidados se possam sentar numa mesa única, e partilhem uma refeição plena de pratos sazonais inspirados nas receitas algarvias.

Tudo, naturalmente, acompanhado pelos vinhos que têm a assinatura de Joana Maçanita, e enquanto o Ricardo Toscano Trio enche os espaço de jazz português contemporâneo. Depois, a festa continua ao som do DJ João Gomes — músico, produtor e DJ, com um percurso sólido e consistente na cena nacional. Quem não quiser – ou conseguir – juntar-se aos 100 lugares que estarão disponíveis (os bilhetes estão disponíveis no site da propriedade), pode ir apenas dançar ao ritmo da música de João Gomes, numa noite que tem bar aberto de vinhos até a festa querer continuar.

“Esta festa é um momento de encontro e de comunhão, um reflexo daquilo que o Morgado do Quintão representa: o cruzamento entre vinho, cultura e comunidade”, lembra Filipe Caldas de Vasconcellos, filho de uma mãe artista que lhe deixou sempre a cultura a correr no sangue e a partilha a fazer parte da forma como leva o negócio da família.

Esta Harvest Party já se chamou CAMP, e durou três dias, com música, palestras e momentos de encontro variados. O Morgado do Quintão ainda pode estar à procura do formato certo, mas é garantido que não voltará a fechar as portas da quinta da família, querendo continuar a servir vinho e tradição debaixo da oliveira centenária que embeleza o espaço exterior.

O Morgado do Quintão, em Lagoa, no Algarve, pertence à mesma família há 300 anos
Aos 175 anos, Periquita vale um terço das exportações da JMF
O Morgado do Quintão, em Lagoa, no Algarve, pertence à mesma família há 300 anos
Portugal perdeu 50 mil hectares de vinha numa década, mas os excedentes de vinho continuam a preocupar

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt