Brilho e arte. O que de melhor (e mais caro) se faz na joalharia
A marca prefere não ser identificada, mas é a responsável por levar até Matosinhos as peças mais valiosas da 31.ª edição da Portojóia. Estão avaliadas entre os 12 mil e os 28 mil euros e poderão ser vistas em exposição na Exponor, a maior montra ibérica de joalharia, de hoje a domingo. Um belo e brilhante chamariz para um evento que está de regresso após dois anos de pausa forçada devido à pandemia. Ao longo de quatro dias e através de mais de 150 expositores vão-se mostrar os avanços tecnológicos, os novos criadores e as grandes tendências.
E é por aí que vamos começar a visita, pelo Trend Spot, espaço de tendências, com uma curadoria de peças que representam os novos movimentos criativos assinalados pela organização. Togetherness mostra as peças e as marcas que encontram na diversidade e inclusão novas linguagens e abordagens ao mercado, como é o caso da joalharia sem género. É aí que se insere um conjunto, inspirado no entrelaçado da vida, da autoria de Eugénio Campos.
Já o consumidor moderno que procura peças com autenticidade, história e significado vai gostar das peças expostas na tendência Ancient Wisdom, como a Tangled Up Collection, da JLD Joias, que procura inspiração nos desenhos e técnicas tradicionais dando-lhes uma abordagem contemporânea.
Art as an Expression foca nas peças com simbolismo, capazes de guardar e transmitir emoções, como a gargantilha escultural da Elina Briede Jewelry, em que o design geométrico das peças é modelado para complementar as curvas naturais do corpo humano.
Finalmente, o colar búzio da coleção Maré da Telma Mota Jewellery, assenta que nem uma luva na tendência Fairy Tales, para aqueles que sucumbem às representações do universo, onde a natureza é adorada pelas suas formas mais autênticas.
Seguimos depois para uma visita ao espaço Art & Jewels, que promove parcerias improváveis entre a joalharia e outros setores criativos como a moda, decoração, ilustração e cerâmica.
A Sara Maia Jewelry aliou-se à pintora erótica Raquel Rocha; a Mel Jewel, designer de joalharia portuguesa que combina o sangue novo do design português com o savoir faire das mais antigas oficiais de joalharia do país, junta-se a André Teoman, designer de produto; a Elina Bried Jewelry une as suas peças esculturais e geométricas à tradição e à cultura ancestral da Almavina, marca portuguesa reconhecida pelos bustos de cerâmica tipicamente portugueses; e a Hoyara Jewellery entrelaça-se nos nós e na técnica de tecelagem manual da Nómeraki.
Sob o mote Togetherness, a Portojóia terá em foco os temas da inovação, migração digital e inclusão, com um vasto programa de palestras.