Terroristas usam menos o YouTube para espalhar propaganda extremista

Grupos terroristas preferem recorrer a plataformas como a Dropbox, o Google Photos e o Google Drive
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A propaganda terrorista online reduziu de forma acentuada na plataforma de vídeos YouTube. Esta é a conclusão de um estudo do Site Intelligence Group, organização que monitoriza o extremismo online.

De acordo com a investigação, que analisou mais de 27 mil links, entre 1 de abril e 31 de agosto deste ano, as organizações terroristas, entre as quais a Al-Qaeda e o Estado Islâmico (EI), dão preferência a serviços de armazenamento de ficheiros como o Dropbox, o Google Photos e o Google Drive. Nestas plataformas são armazenados discursos sob a forma de vídeo, imagens bélicas e documentários, que depois de serem descarregados são partilhados nas redes sociais, como o Facebook, o Twitter e o Telegram Messenger. O objetivo é chegar ao maior número de pessoas possível, noticia esta sexta-feira o site Bloomberg.

"Condenamos nos termos mais fortes possíveis qualquer atividade que na nossa plataforma promova o terrorismo", disse um porta-voz da Dropbox, citado pela Bloomberg. Acrescentou ainda que a empresa remove material de propaganda extremista quando é detetado e colabora com as autoridades para apoiar as investigações ligadas à sua origem.

Responsável pelo contraterrorismo na Google, Will McCants afirmou que a empresa está "satisfeita por este relatório detalhar o grande progresso feito no YouTube para lidar com o conteúdo terrorista". Adiantou que têm sido utilizados os avanços mais recentes na tecnologia de machine learning para eliminar conteúdos terroristas em todos os serviços da Google, embora admita que há mais para fazer nesta matéria.

O relatório do Site Inteligence Group surge numa altura em que o Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD) da União Europeia obriga as empresas ligadas às plataformas tecnológicas a removerem conteúdos terroristas dos seus serviços uma hora depois de serem notificadas.

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