Médico angolano toma posse como diretor do Instituto de Higiene e Medicina Tropical
Especialista em malária e doenças tropicais, Filomeno Fortes foi eleito por unanimidade a 31 de julho após concurso internacional. É o primeiro estrangeiro a assumir este cargo.
O médico angolano Filomeno Fortes, especialista em malária e doenças tropicais, toma esta quinta-feira posse como novo diretor do Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT) da Universidade Nova de Lisboa. A cerimónia pública será às 14.00 na Sala do Senado na reitoria desta universidade, no Campus de Campolide.
Filomeno Fortes foi eleito por unanimidade a 31 de julho para o período de 2019 a 2023. O angolano é o primeiro estrangeiro a ocupar o cargo de diretor do IHMT, instituição que coordena todos os programas de saúde a nível da CPLP, cuja presidência rotativa será assumida por Angola no próximo ano.
O médico, especialista em Saúde Pública, em Epidemiologia e Controlo da Malária, já desempenhou vários cargos em Angola: foi diretor nacional de Controlo de Endemias, chefe do departamento de controlo de doenças da Direção Nacional de Saúde Pública e diretor do programa de controlo da malária. A nível internacional foi nomeado, em 2012, secretário-geral da Federação Internacional das Doenças Tropicais.
A eleição de Filomeno Fortes, doutorado em Ciências Biomédicas e coordenador do Doutoramento em Ciências Biomédicas da Universidade Agostinho Neto em Angola, surgiu após um concurso internacional. O outro finalista foi o médico brasileiro Roberto de Andrade Medronho, professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro e diretor da Faculdade de Medicina dessa universidade.
Na apresentação pública da sua proposta de ação para o IHMT para o período de 2019-2023, Filomeno Fortes defendeu o reforço do prestígio nacional e internacional do instituto, bem como as parcerias com os PALOP.
"Criado a 24 de abril de 1902, com a denominação de Escola de Medicina Tropical, o IHMT esteve inicialmente vocacionado para o estudo, ensino e clínica das doenças tropicais. Esta atuação evoluiu para uma abordagem integrada, que vai desde o nível molecular aos sistemas globais de saúde, com um forte empenho na resolução de problemas de saúde que atingem os mais pobres e os excluídos, em todos os continentes", lê-se no site do IHMT.