Exame de Matemática A contou com quase 39 mil inscritos. Veja aqui a prova e a correção
O exame de Matemática A do 12.º ano realizou-se esta quarta-feira de manhã, com 38.669 alunos inscritos, entre o total de 79.570 estudantes do ensino secundário candidatos a exames nacionais, este ano. É, por isso, a quarta prova mais concorrida - ao lado de Geografia A (com o mesmo número de inscritos) e depois de Biologia e Geologia, Física e Química A e Português, por ordem.
O enunciado pode consultar aqui.
Consulte aqui os critérios de correção da prova.
As provas dos 11.º e 12.º anos de escolaridade decorrerão, na primeira fase, entre 6 e 23 de julho e, na segunda fase, entre 1 e 7 de setembro. Os resultados da 1.ª fase são afixados a 3 de agosto e os da 2.º fase a 16 de setembro - já no arranque do ano letivo.
Para grande parte dos alunos portugueses, esta área é a mais temida. De acordo com um documento da Direção-Geral da Educação sobre o ensino da Matemática, entre o conjunto de disciplinas do ensino secundário, esta é considerada a mais difícil de todas. Relativamente ao ano letivo 2017/2018, quando os alunos foram questionados sobre aquelas em que tiveram mais dificuldades, a Matemática foi referida por 41,8% dos alunos dos cursos científico-humanísticos e por 31,4% daqueles que estavam em curso profissionais.
É também aquela disciplina que regista mais insucesso escolar, segundo o governo, que volta a propor um novo olhar sobre o tema no seu programa da atual legislatura. No programa, lê-se, está prevista "uma estratégia integrada de ação sobre a aprendizagem da Matemática, uma vez que se trata da disciplina com mais insucesso".
Ainda no ano passado, o Grupo de Trabalho de Matemática [nomeado em 2018 pelo Ministério da Educação] apresentou 24 recomendações para alterar o currículo atual.
Em abril, o Governo anunciou que os exames de secundário seriam adiados, como resposta ao desafio que a pandemia trouxe ao ensino, com grande parte dos últimos meses do ano letivo feitos à distância. Mas não foram apenas as datas das provas que mudaram: também o peso que os exames nas classificações internas de cada aluno e o modelo de cada prova.
Este ano, cada aluno só terá de fazer exames nacionais às disciplinas exigidas para a entrada no curso superior (decidido por cada faculdade) ao qual se pretende candidatar - que podem ser consultadas através do índice de cursos do site da DGES. Isto significa que os estudantes que não tencionem ingressar no ensino superior não terão de realizar qualquer exame. Nestes casos, a avaliação para transitar de ano ou terminar a escolaridades obrigatória será assegurada pela nota interna.
Para os inscritos em exame, este ano, muda o impacto que o resultado da prova tem na nota interna do ensino secundário. A nota dos exames em nada poderá alterar a interna, com importante peso na candidatura ao ensino superior. Uma regra que gerou controvérsia, com professores e especialista da área da educação a alertar para o facto de este modelo beneficiar os alunos que frequentam escolas que inflacionam as classificações internas.
Também há transformações a registar nas próprias provas, que este ano contemplam, além de questões de resposta obrigatória, outras de caráter opcional. O aluno poderá escolher as perguntas com as quais se sente mais à vontade para responder.