Bélgica comprou um milhão de testes que não cumprem metas de segurança

<em>Kit </em>foi comprado no início de abril mas não cumpre as metas mínimas para ser considerado de confiança, indica um estudo dinamarquês conduzido por 38 cientistas.
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A Bélgica comprou um milhão de testes para avaliar a presença de anticorpos contra a covid-19 cujos resultados, afinal, não são de confiança, é o que indica um estudo dinamarquês que comparou dezasseis testes serológicos.

Segundo o jornal La Libre Belgique, no início de abril, Hugues Malonne, diretor-geral da Agência Federal de Medicamentos e Produtos de Saúde belga, garantiu que o kit de teste DiaSorin tinha "uma sensibilidade e especificidade de 100%", garantia o fabricante.

Os testes serológicos são usados ​​principalmente em profissionais médicos para apurar se desenvolveram anticorpos contra a doença e se podem trabalhar nos serviços de covid-19.

O estudo, que foi realizado por 38 cientistas de vários hospitais universitários e centros de investigação na Dinamarca, contesta, contudo, a confiabilidade dos testes.

Com uma especificidade (grau em que um teste identifica corretamente amostras de sangue sem anticorpos) de 97,2%, o teste DiaSorin é o único kit que não atinge a meta mínima de 99%.

A sensibilidade (grau de deteção de amostras de sangue contendo anticorpos) de 84,6% também é indicada.

Philippe De Backer, ministro encarregado de coordenar os meios materiais no combate à pandemia, sublinha que "dois estudos de validação conduzidos corretamente confirmam o desempenho do teste DiaSorin".

Esclarece também que em abril a intenção era "garantir testes de qualidade suficiente para o mercado belga, a fim de evitar faltas futuras" e "não selecionar o melhor teste".

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