Acompanhe aqui a viagem do satélite Cheops
Satélite Cheops, que vai observar exoplanetas, foi lançado às 8:54 da Guiana Francesa.
Uma falha no software que comanda a contagem decrescente fez abortar esta terça-feira o lançamento do satélite europeu, que tem agora partida agendada para esta quarta-feira à mesma hora: 8.54, (hora de Lisboa). A Roscosmos, que opera o lançador espacial, anunciou no Twitter a nova data para o lançamento. E desta vez concretizou-se. O Cheops foi lançado às 8:54.
O novo telescópio espacial europeu vai estudar durante os próximos três anos e meio os exoplanetas, a partir da órbita terrestre.
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Lançado a partir do centro espacial de Kourou, na Guiana Francesa por foguetão russo Soyuz-Fregat, que transporta outros passageiros congéneres, o CHEOPS foi desenhado e concebido por um consórcio europeu que inclui desde o início cientistas e engenheiros portugueses, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) - instituição que lidera a participação científica portuguesa na missão - e a Deimos Engenharia, que concebeu o software de decisão para as observações a serem feitas em cada momento pelo satélite.
O novo telescópio europeu ficará numa órbita entre os 800 e os 1200 km de altitude e vai observar durante os próximos três anos e meio mais de mil exoplanetas dos 4143 atualmente conhecidos.
Os exoplanetas selecionados para este estudo aprofundado a partir das observações do CHEOPS são aqueles que têm dimensões entre as da Terra e Neptuno, para se fazer uma caracterização detalhada de cada um deles.
A ideia é levar o conhecimento sobre estes mundos distantes a um novo patamar, medindo-lhes o raio com um rigor sem precedentes, verificar a existência ou não de atmosferas, medir-lhes a temperatura e tentar perceber se algum deles poderá ter luas e anéis como acontece com alguns planetas do sistema solar.
Cerca de um mês após o lançamento, os dados do CHEOPS os cientistas poderão em terra o seu trabalho a partir dos dados enviados pelo novo telescópio espacial.