A época balnear em Portugal Continental contabiliza, entre maio e julho, 34 desaconselhamentos de banhos, mais três do que em 2024, 21 dos quais devido a contaminação microbiológica, que afetou 27 praias. No mesmo período, verificaram-se 17 interdições a banhos declaradas pelas Autoridades de Saúde, quase metade do verificado no ano passado, 14 por contaminação microbiológica e duas por presença de Salmonela, abrangendo um total de 16 praias.O balanço é da Zero, associação para a proteção do ambiente, que dá nota que na Região Autónoma da Madeira registaram-se pelo menos duas situações de desaconselhamento de banhos, mas estes números podem não revelar devidamente a realidade, já que não há dados das últimas semanas no Sistema de Informação.Nos Açores, as informações disponíveis para o período entre maio e julho apontam para a ausência de quaisquer restrições. Já em agosto, verificaram-se 13 situações de desaconselhamento ou proibição de banhos, cinco das quais comprovadamente devido a contaminação microbiológica. Em comunicado, a Zero salienta que existem 673 águas balneares no país com monitorização e só um número limitado de praias revelou problemas. Matosinhos foi o concelho onde foram identificados mais deficiências na qualidade da água. Segundo a Zero, a praia que apresentou até agora maior número de situações de água imprópria para banhos foi a de Matosinhos com três situações de desaconselhamento ou proibição de banhos e uma situação de interdição durante praticamente duas semanas. Estes problemas afetaram ainda a água balnear de Angeiras Norte, também no concelho de Matosinhos, onde se verificou um período de desaconselhamento de banhos e de interdição da praia.A Zero considera que "continua a faltar informação facilmente consultável no Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos", embora reconheça o esforço da Agência Portuguesa do Ambiente em ter mais informação disponível ao público.A associação alerta ainda que se observou um maior número de situações de água imprópria ou de interdições nas praias do interior. São "locais mais suscetíveis a descargas, controlo de poluição difusa ou falta ou falhas na rede ou no tratamento de águas residuais", diz. Entre desaconselhamentos e interdições, foram contabilizados 22 casos em praias do interior..Situação "incontrolável" na Guarda onde morreu ex-autarca. Ajuda de dois aviões da Suécia chega no domingo.Câmara da Nazaré investiga hipótese de “sabotagem” em condutas ter levado à interdição da praia