A Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Barreiro considera que o encerramento da Urgência de Obstetrícia do hospital local durante 10 dias, anunciado esta quarta-feira, 9 de julho, “é mais um passo para o encerramento definitivo daquele serviço”.“Nós tivemos conhecimento hoje de manhã que a urgência vai fechar 10 dias seguidos. Isto é um passo, quase premeditado, para encerrar definitivamente esta urgência. Nós andamos a dizer, desde há dois anos, que isto é impensável”, disse à Lusa Antonieta Fortunato, da Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Barreiro.O Hospital do Barreiro suspendeu o funcionamento do Serviço de Urgência de Obstetrícia e Bloco de Partos durante 10 dias a partir desta quarta-feira, 9 de julho, de acordo com uma informação enviada pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) às corporações de bombeiros.Segundo a representantes dos utentes dos serviços públicos do Barreiro, “houve três momentos em que os utentes reforçaram a convicção de que se estaria a preparar o encerramento da urgência de obstetrícia” do Hospital do Barreiro, cenário que considera “impensável” para os utentes dos quatro concelhos servidos por aquela unidade hospitalar – Alcochete, Moita, Montijo e Barreiro.“O primeiro momento foi quando começou a questão da alternância entre as três maternidades do distrito de Setúbal, no Hospital Garcia de Orta, em Almada, no Hospital do Barreiro e no Hospital de Setúbal”, disse Antonieta Fortunato.Depois, “veio a novidade da chamada telefónica antes de se entrar na urgência. E, já este ano, em fevereiro, quando a ministra disse que estão a estudar a hipótese de encerrar o serviço e concentrar a urgência de obstetrícia só no Garcia de Orta, percebemos que se estava tudo a encaminhar para o encerramento definitivo da urgência de obstetrícia do Hospital do Barreiro”, acrescentou.Para a Comissão de Utentes, “o encerramento da maternidade no Hospital do Barreiro não é viável, nem para as grávidas e os seus bebés (…), nem para os utentes da Península de Setúbal”..Grávida do Barreiro esperou horas para entrar no Hospital de Cascais para ser assistida. Feto chegou sem vida.Greve 'captou' 97,34 dos enfermeiros no Hospital do Barreiro