Um dia depois da greve geral convocada pela CGTP e UGT, na quinta-feira, 11 de dezemebro, há nova greve na sexta, 12, a qual pode condicionar o funcinamento das escolas e oganismos públicos e o setor da saúde.Em causa estão as greves convoadas pelo Sindicato Independente dos Trabalhadores dos Organismos Públicos e Apoio Social (SITOPAS) e do Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor).O Sindicato Independente dos Trabalhadores dos Organismos Públicos e Apoio Social (SITOPAS) decretou greve, a vigorar nos dias 11 de dezembro, das 00:00 horas às 24:00 horas, e 12 de dezembro, das 00:00 horas às 24:00 horas, para os trabalhadores da Administração Pública Central, Regional e Local, outros trabalhadores abrangidos pelo âmbito estatuário do sindicato (com exceção dos trabalhadores das Unidades Locais de Saúde, EPE), independentemente da natureza do vínculo e contrato de trabalho, sejam de carreiras gerais, especiais e subsistentes, dos serviços da Administração Direta e Indireta do Estado, como forma de luta e protesto.Por cusa deste pré-avido de greve, muitas escolas alertaram já os encarregados de educação para a possibilidade de estarem fechadas na sexta-feira, além de quinta.Também o Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor) anunciou uma greve nacional de enfermagem para a próxima sexta-feira, de 16 horas, entre as 08:00 e as 24:00, para pressionar o Governo a responder às reivindicações da classe.De acordo com o presidente do Sindepor, Carlos Ramalho, a decisão de avançar para a paralisação surge após meses de impasse nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).O dirigente sublinhou que o Sindepor, filiado na União Geral de Trabalhadores (UGT) e na Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap), não convocava uma greve há mais de dois anos, privilegiando sempre a via da negociação.Carlos Ramalho lembrou que o Governo se comprometeu a iniciar negociações em janeiro, mas só o fez em junho, apresentando propostas “completamente absurdas”.“Não havia outra possibilidade senão recusá-las”, disse, apontando a precarização e a alteração dos horários de trabalho como pontos críticos.Entre as medidas contestadas está a introdução da bolsa de horas e da adaptabilidade, que, segundo o dirigente, “comprometem seriamente a vida pessoal e familiar dos enfermeiros, porque nunca sabem com o que contam”. Além disso, as horas extra não seriam pagas, ficando apenas para compensação futura.“Isso não é nenhum avanço, é um retrocesso grave”, criticou.Outro motivo da greve prende-se com o modelo de avaliação de desempenho aplicado aos enfermeiros, considerado inadequado.“Precisávamos de uma avaliação de desempenho que gratificasse e premiasse as pessoas que realmente se esforçam. Não é isso que acontece. Está feita para ser muito complexa, para não se cumprirem prazos e prejudicar os trabalhadores”, sublinhou.O presidente do Sindepor destacou ainda a ausência de reconhecimento da enfermagem como profissão de desgaste rápido e a falta de compensação pelo risco e penosidade da atividade.“Há 30 anos tínhamos esse reconhecimento. Hoje, o Governo nem quer ouvir falar nisso, pelo contrário, vai aumentar a idade da reforma”, lamentou.Apesar da greve, o dirigente garantiu que os serviços mínimos serão respeitados, nomeadamente nas áreas críticas como urgência, emergência, oncologia, recolha de órgãos e serviço de sangue.“Somos pessoas bastante responsáveis e tentamos fazer as coisas de uma forma séria para que a greve seja um protesto, mas não prejudique demasiado aquelas pessoas mais fragilizadas”, assegurou.O sindicalista concluiu que a greve de 16 horas é “um primeiro sinal de protesto” e que, se necessário, poderão ser convocadas novas ações. .Greve geral. Comboios, Carris e barcos com serviços mínimos, Metro de Lisboa de fora.Greve geral. Estes são os serviços mínimos da saúde