Com a investigação judicial ainda uma fase inicial sobre o alegado “sequestro” no navio mercante Odysseus, o cenário que a PJ tem como mais certo é o de que os dois suspeitos armados detetados pela tripulação terão subido a bordo em alto mar visando retirar droga que estava escondida no navio – uma prática que é comum noutros países, mas que foi pela primeira vez enfrentada pelas autoridades nacionais.A entrada a bordo aconteceu perto das duas da manhã e foi detetada por elementos da tripulação que se refugiaram numa das salas da embarcação e pediram ajuda.O navio, que tinha como destino Espanha, foi alvo de buscas no Porto de Sines e já foi libertado e seguido a sua navegação.Fonte policial que está a acompanhar o caso, disse ao DN que logo a seguir a terem sido detetados, os suspeitos abandonaram o navio.Não foi possível confirmar se nas buscas foi apreendida alguma droga ou se os suspeitos a conseguiram levar consigo.O alerta foi recebido na quarta-feira, " de setembro, pelas 23h00, no Centro do Controlo do Tráfego Marítimo (CCTM), da Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM), que informou "sobre uma comunicação rádio emitida pelo navio mercante Odysseus, de bandeira da Libéria, reportando a presença a bordo de elementos estranhos à tripulação e solicitando a assistência das autoridades portuguesas".Nesta altura ja o navio se encontrava "a navegar ao largo da costa do Algarve", lê-se num comunicado da Autoridade Marítima."Na sequência deste pedido e da posterior entrada do navio nas águas territoriais portuguesas, o Capitão do Porto de Portimão acionou os meios da Autoridade Marítima Nacional, designadamente da Polícia Marítima, e solicitou o apoio da Marinha, tendo sido efetivada a entrada a bordo, durante a manhã de hoje e a cerca de 6 milhas náuticas da costa portuguesa, por uma equipa constituída por elementos de ambas as entidades, visando a recuperação das condições de segurança do navio e da sua tripulação. Foi assegurada a coordenação com as entidades com competência em razão da matéria e, neste momento, o navio navega em segurança com destino a Sines", escreve.Notícias iniciais davam conta que a embarcação tinha sido atacada por homens armados, colocando-se a possibilidade de o incidente estar relacionado com o narcotráfico internacional.Relatos de que dois tripulantes tinham sido feitos reféns não se concretizaram.