Perante o risco "muito elevado" de incêndios rurais, a Câmara de Cascais declara situação de Alerta Municipal e a de Sintra anuncia encerramento do perímetro florestal e monumentos no interior da serra."Face à previsão de perigo de incêndio rural muito elevado pelo IPMA Instituto Português do Mar e da Atmosfera, para os dias 27 a 29 de julho, a Câmara Municipal de Cascais emitiu uma Declaração de Situação de Alerta Municipal, nos termos da Lei de Bases da Proteção Civil", afirma a autarquia num comunicado enviado às redações.Esta medida, determinada por Carlos Carreiras, Presidente do Município, "visa salvaguardar vidas humanas e proteger o património natural, nomeadamente o Parque Natural Sintra Cascais, especialmente vulnerável após a tempestade Martinho", esclarece o município na nota.A Câmara destaca que durante o período da declaração, "fica interdito o acesso de pessoas e veículos a áreas florestais no concelho, incluindo a Rua dos Capuchos, Campo Base da Pedra Amarela, Barragem do Rio da Mula, Quinta do Pisão" bem como outras zonas assinaladas num mapa.A GNR e a Polícia Municipal vão assegurar o cumprimento destas interdições.Estas medidas integram os procedimentos de "Fecho da Serra" e envolvem patrulhamento reforçado, suspensão de atividades ao ar livre e comunicação ativa à população, adianta a autarquia, recordando que já estavam proibidas queimas e queimadas em todo o concelho entre 01 de junho e 30 de setembro.A Câmara Municipal de Sintra também informou que, face às previsões meteorológicas para os dias 27 a 29 de julho de 2025, que "apontam para um Perigo de Incêndio Rural Muito Elevado, será encerrado o perímetro florestal e monumentos no interior da Serra de Sintra"."O aviso vigora entre as 00:00 de 27 de julho às 23:59 de 29 de julho e à proibição de acesso, circulação e permanência em espaço florestal acresce ainda o encerramento de monumentos, nomeadamente: Parque e Palácio Nacional da Pena, Convento dos Capuchos, Parque e Palácio de Monserrate e Castelo dos Mouros", específica.Mas, sublinha que permanecem abertos a Quinta da Regaleira, Palácio Nacional de Sintra e Palácio Nacional de Queluz."Estas medidas visam proteger pessoas, bens e o património natural da Serra de Sintra, especialmente após os danos causados pela Depressão Martinho, que resultou na queda de mais de 100.000 árvores na serra e cujos trabalhos de limpeza e manutenção ainda decorrem", afirma a autarquia na nota.Segundo o comunicado, todos os trabalhos de limpeza foram interrompidos e os trabalhos de vigilância em perímetro florestal foram reforçados, em parceria com a GNR, Bombeiros, Parques de Sintra e Exército Português.Durante este período continuam a poder circular, no entanto, veículos de socorro, de emergência e das entidades integrantes do Sistema Municipal de Proteção Civil, residentes e pessoas que aí exerçam atividade profissional ou que prestem assistência a pessoas vulneráveis, salvaguarda.A Serra de Sintra integra uma região de proteção classificada como sensível ao risco de incêndio floresta e caracteriza-se por ter um elevado número de visitantes, por isso o município considera ser "fundamental acautelar a sua proteção, manutenção e conservação, considerados objetivos do interesse público, de âmbito mundial, nacional e municipal".Na nota, a Câmara Municipal de Sintra apela à colaboração de todos os cidadãos, pedindo que evitem deslocações não justificadas e que respeitem as indicações das autoridades."A situação será reavaliada em função da evolução meteorológica, podendo ser adotadas medidas adicionais, acrescenta esta autarquia.A decisão da Câmara de Sintra decorre da elevação do Estado de Prontidão Especial (EPE) pelo Comando Sub-regional de Emergência e Proteção Civil da Grande Lisboa e da necessidade de adotar medidas preventivas e de reação face ao risco de incêndio elevado, muito elevado e máximo, previsto pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).Entre as medidas excecionais a implementar destacam-se: a proibição de acesso, circulação e permanência em espaços florestais e vias que os atravessem, a proibição de queimadas, queimas de sobrantes e uso de maquinaria em espaços florestais bem como de utilização de fogo-de-artifício ou artefactos pirotécnicos e o reforço da vigilância e patrulhamento por forças de segurança e militares, bem como a mobilização de equipas de emergência médica, sapadores florestais e vigilantes da natureza..Incêndio mobiliza 160 operacionais e nove aeronaves em Bragança