Rede de oxigénio "estabilizada". Amadora-Sintra teve de transferir 53 doentes
O Hospital Amadora-Sintra faz esta quarta-feira um ponto de situação e indica que a rede de oxigénio está a "funcionar de forma estabilizada". Na terça-feira, os constrangimentos na rede de oxigénio obrigaram o hospital a transferir 53 doentes para outras unidades de saúde da região de Lisboa.
Inicialmente esta unidade hospitalar referiu que 48 pacientes foram transferidos, uma informação atualizada agora num comunicado divulgado nas redes sociais. "O Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca [Amadora-Sintra] informa que a sua rede de oxigénio medicinal encontra-se a funcionar de forma estabilizada e dentro de padrões de segurança, mantendo-se a monitorização permanente do seu fluxo", lê-se no documento.
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O hospital explica que no início da noite de ontem, verificaram-se "um conjunto de constrangimentos na referida rede, tornando aconselhável a transferência de 53 doentes para outras unidades de saúde da região de Lisboa, com vista a garantir a diminuição do número de doentes internados a quem é necessário administrar oxigénio em alto débito".
Ainda assim, o Amadora-Sintra volta a sublinhar "que não está em causa, como nunca esteve, a disponibilidade de oxigénio ou o colapso da rede", uma vez que os constrangimentos estiveram associados "com a dificuldade existente em manter a pressão".
"De igual modo, em momento algum os doentes internados estiveram em perigo devido a esta ocorrência, tendo as flutuações da rede sido colmatadas com recurso a garrafas de oxigénio, envolvendo a mobilização de vários profissionais, cujo esforço se enaltece e agradece publicamente", acrescenta o hospital.
Na nota hoje divulgada, o hospital agradece a solidariedade dos hospitais que receberam os doentes que ali se encontravam internados, assim como às corporações de bombeiros, INEM e empresas privadas que permitiram transferir os doentes "num tempo relativamente curto".
"Este verdadeiro funcionamento em rede, envolvendo várias entidades, permitiu dar uma resposta exemplar a uma ocorrência extremamente desafiante", sublinha.
Lembra ainda que é o hospital da região Lisboa com mais doentes covid-19 internados, com um total de 363 (à data de terça-feira), que houve um aumento de 400% de doentes infetados com o novo coronavírus internados naquela unidade desde o início do ano e que muitos deles "necessitam de oxigénio medicinal em alto débito".
Diz também que já tem em curso "um conjunto de obras para reforço da rede de fornecimento de oxigénio, designadamente as áreas das enfermarias, serviços de urgência, unidades de cuidados intensivos, entre outras".
"O reforço desta infraestrutura vai melhorar a capacidade de resposta a eventuais necessidades de aumento do consumo", acrescenta.
Além disso, "tiveram também já início os trabalhos de instalação de uma rede redundante na Torre Sintra, que - tal como a rede redundante já instalada na torre Amadora - irá reforçar a rede de gases medicinais já existente".
O Amadora-Sintra informa ainda que, adicionalmente, "vai também ser instalado um tanque de oxigénio para alimentar em exclusivo a Área Dedicada a Doentes Respiratórios do Serviço de Urgência e que ficará independente da rede principal" do hospital.